O Banco Africano de Exportação e Importação (Afreximbank) anunciou, há dias, o lançamento de um programa inovador de desenvolvimento e capacitação das empresas africanas com vista a capitalizar as oportunidades apresentadas pela Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA, sigla em inglês).

A iniciativa, liderada pela Afreximbank Academy (AFRACAD) em colaboração com a Universidade Americana do Cairo (AUC), visa equipar as empresas com as habilidades e conhecimentos necessários para navegar e prosperar no cenário do comércio intra-africano em evolução.

Segundo um comunicado do Afreximbank, através deste programa de treinamento especializado a decorrer em Abuja, Nigéria, de 30 de Junho a 02 de Julho próximo, espera-se que atraia uma gama diversificada de participantes, incluindo empresas africanas envolvidas em actividades de importação e exportação, Instituições de Apoio ao Comércio, como Organizações de Promoção Comercial e Câmaras de Comércio, Agências de Promoção de Investimentos, Empresas de Comércio de Exportação, Instituições financeiras e a comunidade de comércio exterior em geral.

“O programa vai ajudar as empresas a interpretar os principais instrumentos do acordo, garantindo o cumprimento das novas regras comerciais e aprimorando seus conhecimentos sobre a integração regional e os mecanismos operacionais. Além disso, o programa servirá como uma plataforma crucial para orientar os exportadores potenciais e existentes sobre novos desenvolvimentos comerciais, equipando-os com as ferramentas para navegar pelas barreiras tarifárias e não tarifárias em todo o continente”, refere o banco.

Para o economista-chefe e director administrativo de pesquisa do Afreximbank, Yemi Kale, embora a AfCFTA tenha um imenso potencial para o crescimento económico de África, “seu sucesso depende da capacidade das empresas de entender e operacionalizar completamente suas disposições”.

“A AfCFTA não é apenas uma estrutura política - é um catalisador para uma mudança estrutural no cenário económico de África. No entanto, muitas empresas africanas ainda estão a lutar com um conhecimento limitado das disposições técnicas, protocolos comerciais e benefícios estratégicos do acordo”, acrescentou o economista, sublinhando que “este treinamento é mais do que conformidade, é sobre empoderamento”.