A formalização do acordo de code-share entre a TAAG e a South African Airways representa um passo estrutural para a integração regional e para o posicionamento de Angola como plataforma estratégica de conectividade no continente, reforçando a eficiência operacional e ampliando as opções de mobilidade disponíveis para os passageiros, segundo Ricardo D’Abreu, ministro dos Transportes.
Proferindo o discurso de encerramento na 57.ª Assembleia Geral da Associação das Companhias Aéreas Africanas (AFRAA), evento que reuniu 516 delegados de 49 países em Luanda, de 1 a 2 de Dezembro, sob o lema “Redefinir a Aviação Africana: Cooperação, Sustentabilidade e Crescimento Estratégico”, Ricardo D’Abreu afirmou que a parceria constitui um instrumento concreto de política pública e empresarial.
Para o governante, a iniciativa posiciona Angola como plataforma de ligação continental, contribuindo para uma conectividade mais sólida na África Austral e entre as diversas regiões do continente. Além disso, reafirma o compromisso do País com a implementação progressiva e responsável do Mercado Único do Transporte Aéreo Africano,, defendendo a liberalização dos céus africanos como um imperativo económico, operacional e geopolítico.
“A fragmentação do mercado prejudica-nos a todos, sobretudo aos passageiros, que ainda enfrentam rotas complexas, dispendiosas e com pouca oferta”, explica Ricardo D’Abreu, sublinhando, no contexto da transformação em curso na aviação angolana, o “papel estratégico do Novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, que permitirá elevar a capacidade operacional e projectar Luanda como hub entre África, América do Sul, Europa, Médio Oriente e Ásia”.
A modernização da TAAG, a renovação da frota e o reforço institucional permanecem igualmente entre as prioridades, alinhadas com o princípio de céus abertos, garantindo maior previsibilidade e segurança jurídica.
África possui potencial para crescer acima da média mundial – Ricardo D’Abreu
O sector da aviação no continente africano possui potencial para crescer acima da média mundial à medida que se torna a região mais populosa do planeta, apesar de actualmente representar apenas 2% da aviação global, segundo Ricardo D’Abreu.
O governante defende a implementação efectiva do Mercado Único do Transporte Aéreo Africano, sustentada em “acções mais concretas e objectivas” que permitam reduzir a dependência de operadores extrarregionais e promover maior comércio entre os países africanos.
Entre as decisões e propostas apresentadas, o governante destaca soluções para financiar a aquisição de aeronaves modernas, reforçar o treinamento de profissionais, melhorar a manutenção e elevar os padrões de gestão das companhias aéreas.
A sustentabilidade ambiental é igualmente tema central, com apelos ao compromisso conjunto na redução das emissões da aviação e na adopção de medidas práticas para superar as dificuldades na abertura de novas rotas regionais e reforçar a conectividade intra-africana.
Quanto ao acesso ao novo aeroporto de Luanda, garante que não há registo de grandes dificuldades no transporte de passageiros e que o corredor rodoviário está a funcionar sem constrangimentos, acrescentando que o acesso ferroviário, actualmente na fase de adequação da linha do Caminho-de-Ferro de Luanda, entrará em operação no início do próximo ano, ligando o Bungo ao novo terminal.

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