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BFA mais ‘amigo’ da economia no primeiro trimestre

Fernando Baxi
21/5/2025
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Resultado (líquido) do exercício foi de pelo menos 47,7 mil milhões Kz, um crescimento de, aproximadamente, 35% (16,7 mil milhões Kz), face ao período homólogo.

O Banco de Fomento Angola (BFA) registou um aumento de, aproximadamente, 28% na carteira de crédito no primeiro trimestre de 2025, em relação ao mesmo período de 2024, concluiu a E&M após observação das contas da respectiva instituição bancária, a segunda maior do sistema.    

Face ao aumento de, aproximadamente, 28% (164,5 mil milhões de Kwanzas) no primeiro trimestre de 2025, a carteira de crédito do BFA passou a cifrar-se em 745,9 mil milhões Kz contra os 581,4 mil milhões Kz no mesmo período de 2024.

O rácio de transformação de depósitos em crédito do BFA no período em análise fixou-se em, aproximadamente, 24%. Mais 4 pontos percentuais (PP) do mínimo recomendado pelo Banco Nacional de Angola (BNA), na qualidade de entidade reguladora do sistema bancário.    

De acordo com os cálculos da E&M, houve um aumento de 3 PP face ao período homólogo, facto que ilustra a maior contribuição do BFA à economia no primeiro trimestre de 2025, em que o PIB de Angola cresceu 5,6%, impulsionado pela recuperação do sector não petrolífero, especialmente na construção civil e mineração.

Ainda assim, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu a projecção de crescimento anual para 2025 de 3% para 2,4%, face à queda do preço do petróleo e às condições financeiras externas mais restritivas.    

Voltando ao desempenho no primeiro trimestre deste ano, vale dizer que o BFA registou um aumento de, aproximadamente, 23% (295,4 mil milhões Kz) no investimento em títulos e valores mobiliários, passando a carteira a valer quase 1,6 bilião Kz, o que representa (perto de) 40% do activo bancário.

O indicador demonstra que os títulos e valores mobiliários constituem o principal negócio do BFA, sobretudo o investimento em bilhetes do tesouro e obrigações do tesouro. Aliás, esta é a principal fonte de rendibilidade da banca em Angola, como chegou a reconhecer o Executivo em 2018.

A partir da informação contabilística, extraída do balancete do primeiro trimestre de 2025, foi possível concluir que a carteira de crédito representa, aproximadamente, 19% do activo. Os números indicam maior investimento em títulos da dívida pública, em relação à intermediação financeira.

Ainda no exercício em referência, o volume de depósitos fixou-se em quase 3 biliões Kz contra 2,8 biliões Kz contabilizados no período homólogo, o que reflecte um crescimento de, aproximadamente, 9% (245,9 mil milhões Kz).

O resultado (líquido) do exercício foi de pelo menos 47,7 mil milhões Kz, um crescimento de, aproximadamente, 35% (16,7 mil milhões Kz), face ao período homólogo.