O tráfego aéreo de passageiros em África deverá crescer, em média, 6% ao ano até 2044, e, para atender à demanda, a Boeing prevê que a frota de aviões comerciais da região deverá mais que dobrar, alcançando 1.680 aeronaves nas próximas duas décadas, segundo projecção do Commercial Market Outlook (CMO) 2025 da fabricante norte-americana.
A empresa aeroespacial, líder global e maior exportadora dos Estados Unidos, explica, em comunicado divulgado nesta terça-feira, 02, que a crescente procura por aviões em África será impulsionada por uma população jovem, pela expansão da classe média, pela rápida urbanização e por investimentos contínuos em aeroportos e conectividade.
De acordo com o documento a que a E&M teve acesso, as aeronaves de corredor único representarão cerca de 70% dos mais de 1.200 novos aviões que deverão ser entregues nos próximos 20 anos, sustentando oportunidades de expansão de rotas domésticas e internacionais de curta distância.
A aviação é um catalisador para a expansão económica de África e para a conexão intra-continental, apoiando o crescimento do sector que temos observado na região ao longo dos últimos 20 anos
As companhias aéreas de baixo custo africanas estão bem posicionadas para aproveitar a crescente demanda por mais rotas dentro do continente e para a Europa e o Oriente Médio, oferecendo opções de viagem mais acessíveis, que ampliam a conectividade e estimulam o crescimento económico, refere a nota.
“A aviação é um catalisador para a expansão económica de África e para a conexão intra-continental, apoiando o crescimento do sector que temos observado na região ao longo dos últimos 20 anos”, afirma Shahab Matin, director-geral de Marketing Comercial da Boeing para o Oriente Médio e África.
E acrescenta: “Aeronaves mais eficientes e versáteis, aliadas a investimentos e estratégias para tornar o transporte aéreo mais acessível a um número maior de africanos, irão destravar novas oportunidades de crescimento para as companhias aéreas e hubs da região”.
O impacto económico da aviação em África, refere o estudo, vai além dos empregos directos nas companhias aéreas, estimulando turismo, comércio, investimentos, corredores logísticos e milhares de postos de trabalho indirectos em hotéis, manufactura e serviços.
À medida que as companhias aéreas ampliam suas frotas e a malha de rotas, também deverá aumentar a demanda por investimentos em todo o ecossistema do sector e por novos profissionais da aviação, com projecção de 74 mil novos pilotos, técnicos e comissários de bordo nos próximos 20 anos, conclui o comunicado.

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