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Braço de ferro entre Dangote e sindicatos ‘paralisa’ Nigéria

Fernando Baxi
1/10/2025
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Foto:
DR

Ante a rejeição da Refinaria Dangote, a PENGASSAN, como confirmou o secretário Lumumba Ighotemu, decretou greve nacional, no dia 29 de Setembro de 2025.

O impasse entre a Refinaria Dangote e a Associação dos Funcionários Seniores do Petróleo e Gás Natural da Nigéria (PENGASSAN, sigla em inglês), está a condicionar a refinação e o abastecimento de combustível premium (gasolina), resultando na subida dos preços na maior economia de África.

As duas entidades entraram em rota de colisão (sem fim à vista, apesar da intervenção do Governo Federal), face aos despedimentos em massa na maior refinaria de África que a PENGASSAN considera injustos, tendo exigido a reintegração imediata dos trabalhadores despedidos. Exigência negada.

Ante à rejeição da Refinaria Dangote (propriedade de um dos homens mais ricos de África, Aliko Dangote), a PENGASSAN, como confirmou o secretário Lumumba Ighotemu, decretou greve nacional, a partir de 29 de Setembro.

“Todos os camaradas estão instruídos a continuar com a acção industrial até nova instrução. Somente as informações provenientes dos nossos canais oficiais devem ser consideradas autênticas”, afirmou Lumumba Ighotemu. 

Depois de suspender as actividades na Refinaria Dangote a PENGASSAN (Petroleum and Natural Gas Senior Staff Association of Nigeria), adotou a mesma postura na Nigerian National Petroleum Company Limeted, na Comissão Reguladora de Petróleo Upstream da Nigéria, na Autoridade Reguladora de Petróleo Midstream e Downstream da Nigéria de Abuja. 

Tendo em conta os prejuízos causados, a Refinaria Dangote recorreu ao Tribunal Nacional do Trabalho em Abuja (capital federal da Nigéria). 

O juiz Emmanuel Danjuma Subilim emitiu uma ordem judicial provisória a favor da entidade empregadora, no sentido de impedir a greve decretada pela PENGASSAN. Mas insiste, alegando desconhecer qualquer acção judicial do Tribunal Nacional do Trabalho, situada na capital federal (Abuja).

A direcção da maior refinaria no continente africano condenou a posição daquele grupo sindical, considerando como tácticas de intimidação e terror. Mas, a PENGASSAN respondeu que age dentro dos limites legais. 

Face à relutância da Refinaria Dangote em ceder à exigência da Associação dos Funcionários Seniores do Petróleo e Gás Natural da Nigéria, o Congresso do Sindicato do Trabalho da Nigéria juntou-se à greve nacional.