A economia cabo-verdiana é a única da lusofonia, no grupo restrito de economias africanas, que deu sinais de resiliência, reflectindo na melhoria da notação de crédito no primeiro trimestre de 2024, apurou a E&M no relatório da 9ª Revisão do Rating Soberano da África.

O posicionamento da economia cabo-verdiana, apesar de um ambiente global incerto, assinala o relatório acima, deve promover o acesso ao financiamento externo de que necessita para o (seu) desenvolvimento.

Segundo o ‘estudo’ publicado pelo Mecanismo Africano de Avaliação pelo Pares (MAAP) em colaboração com a Comissão Económica das Nações para África (UNECA), Cabo Verde subiu um degrau na Fitch, de B- para B, com perspectivas estável, impulsionada por (robustas) perspectivas de crescimento e bom desempenho fiscal.

A economia cabo-verdiana, dependente do turismo, descreve o relatório, dá sinais de ter conseguido restaurar as finanças públicas, assim como reavivar o crescimento económico depois da pandemia da Covid-19.

O Benin passou de B+ para BB- para a S&P com perspectiva estável, graças à “melhoria do perfil de liquidez e da disciplina de pagamento do governo”.

Anteriormente desclassificado com CCC+, Camarões sobe para B- de S&P ainda com perspectiva estável pelas mesmas razões do Benin.

Os respectivos países viram as notas melhoradas pela S&P, avança o relatório, face à melhoria na gestão fiscal e na capacidade de cumprir os compromissos financeiros. Tal facto permitirá que obtenham empréstimos a baixo custo nos mercados e atraiam mais investimento estrangeiro.

O relatório em causa analisa as acções das agências de notação de crédito soberano de longo prazo em moedas estrangeiras no continente africano, centrando-se nas principais agências internacionais de notação (Moody's Investors Services, Fitch Ratings e S&P Global).