Os clientes do Banco de Fomento Angola (BFA) estão impedidos, desde finais de Dezembro, de solicitarem reforços e alterações no plafond mensal dos cartões de crédito para pagamento de bens e serviços no exterior, pelo que só poderão usar os valores acordados nos contratos, soube a Economia e Mercado de uma directiva daquela instituição bancária.
Até à tarde desta Terça-feira, 9, continuavam suspensos os serviços de solicitação de reforço e de alteração do plafond dos cartões de crédito, uma medida incialmente aprseentada como “temporária”. À Economia e Mercado, dois altos quadros do ‘board’ do BFA atestam que o quadro deve manter-se até “próximas ordens e quando o mercado cambial der sinais de recuperação ou estabilização”.
Oficialmente, a justificar a medida está, entre outros, o actual cenário de desvalorização da moeda nacional face às principais divisas, além da perda do poder de compra que se assiste, segundo fonte da administração do banco, em vários mutuários que são signatários deste tipo de contrato de crédito.
“Informamos que, face ao contexto actual do mercado no que concerne às divisas, encontram-se suspensas as alterações temporárias e definitivas de plafonds dos Cartões de Crédito, bem como operações de pagamento de reforço. Assim, os clientes detentores de cartões de crédito têm disponíveis para utilização o total do seu plafond mensal (sem possibilidades de reforço ou pedidos de alteração do valor mensal disponível no cartão)”, lê-se na directiva da instituição bancária que tem Luís Gonçalves na gestão.
Com a medida, que dura desde finais de Dezembro, os detentores desse meio de pagamento internacional já só poderão aplicar os fundos acordados nos termos com o banco, limitação que, entretanto, já levanta preocupações no seio dos agentes económicos com compromissos familiares e de negócio no exterior do País.
A Economia e Mercado sabe também que a medida já está a ser ensaiada por outros players do sector. E a justificação é a mesma: a crise dos cambiais que regressou ao mercado bancário angolano.
Aliás, a crise cambial, que tem origem principal na queda das receitas com exportações da maior commodity angolana, o petróleo, não só está a afectar os bancos como já ‘deixou cair’ vários operadores de câmbio, nomeadamente as casas de câmbios.
Por falta de acesso às divisas, várias casas de câmbio largaram a actividade e encerram estabelecimentos, com despedimento de pessoal.

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