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Emissão de títulos do tesouro cresce 33% em quatro meses

Fernando Baxi
4/6/2025
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Foto:
DR

Plano Anual de Endividamento (PAE) para 2025 prevê que os títulos do tesouro sejam a principal fonte de financiamento do déficit orçamental.

O Estado emitiu título do tesouro no valor de 1,6 biliões de Kwanzas, de Janeiro a Abril de 2025, reflectindo um aumento de, aproximadamente, 33% quando comparado com o mesmo período de 2024, concluiu a E&M com base na informação disponibilizada pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

As obrigações do tesouro (OT) representam, aproximadamente, 56% (pelo menos 894,4 mil milhões Kz) do volume de títulos do tesouro emitidos no período supracitado, ao passo que a emissão de bilhetes do tesouro (BT) tiveram um peso de quase 44% (701,3 mil milhões Kz), calculou a E&M.

No recurso ao endividamento interno (titulado), nos primeiros quatros meses do presente exercício económico, os dados demonstram a preferência do Estado por financiamento de médio e longo prazo. Segundo especialistas, procura diluir o impacto da dívida ao longo do tempo.       

Ao emitir mais obrigações do tesouro, em relação a bilhetes do tesouro, sugerem, o Estado pode estar a antecipar uma possível subida das taxas de juro no futuro, aproveitando para garantir agora condições mais favoráveis, ou simplesmente reduzir o risco de refinanciamento frequente típico dos Bt.

A preferência no respectivo instrumento da dívida pública com prazo mais longo (OT), esclareceram ainda, pode também revelar um planeamento mais estruturado por parte do Estado, pois serve, normalmente, para financiar investimentos públicos, infra-estruturas ou despesas de capital. Os BT tendem a cobrir necessidades imediatas de tesouraria.

Os especialistas consideram que os investidores têm confiança no Estado a médio e longo prazo, razão pela qual estão a adquirir mais OT. Acreditam, igualmente, haver liquidez no mercado para absorver emissões mais pesadas com prazos longos. 

Com menos BT, explicam analistas, o Estado reduz a pressão de reembolso no curto prazo e consegue maior previsibilidade na gestão da dívida.

O  Plano Anual de Endividamento (PAE) para 2025 prevê que os títulos do tesouro sejam a principal fonte de financiamento do déficit orçamental “com ênfase nas emissões de médio e longo prazos”.