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Fomento de negócios tecnológicos depende da expansão de serviços de Internet segundo Wilson Ganga

Cláudio Gomes
6/6/2023
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Foto:
DR

O empresário que em 2021 fez parte de uma lista de 50 figuras mais influentes do ecossistema africano de startups defende uma abordagem abrangente visando a aceleração digital no País.

O co-fundador das marcas Tupuca e T´Leva disse ontem, em Luanda, que a aceleração digital e o fomento de negócios baseados nas novas tecnologias depende de mais investimentos em infra-estruturas de telecomunicações e parcerias.

Para Wilson Ganga, os negócios considerados inovadores em Angola enfrentam desafios sobretudo no mercado de pagamentos electrónicos decorrentes das infra-estruturas de telecomunicações, regulação, conscientização e estabelecimento de parcerias com instituições financeiras.

Superar esses desafios requer, no entender do interlocutor, uma abordagem colaborativa que envolve os principais stakeholders do mercado incluindo instituições de regulação afectos aos distintos ministérios, instituições financeiras e empresas de tecnologia.

“Isso inclui investimentos contínuos em infra-estrutura de telecomunicações para expandir o acesso à internet em todo o país. É também crucial promover a educação digital e a literacia financeira para aumentar a conscientização sobre os benefícios dos pagamentos electrónicos e garantir uma regulamentação adequada que promova a inovação e a protecção dos consumidores”, descreveu em entrevista à Economia & Mercado, salientando que a melhoria do ambiente de negócios tecnológico vai impulsionar significativamente o surgimento de mais iniciativas inovadoras. "Ao criar um ambiente favorável com regulamentos claros, processos simplificados e infra-estrutura robusta será possível atrair investimentos e incentivar a criação de startups e empresas de tecnologia”, realçou.

Além disso, sublinhou  Wilson Ganga, a colaboração entre o sector público, instituições financeiras, empresas de tecnologia e academia, pode promover a pesquisa e o desenvolvimento de novas soluções. “A melhoria do ambiente de negócios tecnológico é fundamental para criar uma base sólida para o crescimento sustentável do segmento de fintech e impulsionar a economia digital em Angola”, acrescentou o empresário.

Apesar dos desafios enumerados, o empreendedor olha o mercado nacional com optimismo e esperança de dias melhores, apontando, para o efeito, o crescimento da economia e da conectividade.

“Esses fatores criam um ambiente propício para o desenvolvimento de soluções inovadoras de pagamentos electrónicos. Além disso, a crescente penetração de smartphones e o aumento da adopção de serviços financeiros digitais indicam uma demanda crescente por soluções ágeis e convenientes”, afirmou, sublinhando que vê o mercado nacional como uma fonte de oportunidades de negócios.

Sobre a classe empreendedores emergentes angolana, Wilson disse que encara o surgimento de novos intervenientes com “grande entusiasmo e optimismo”. “Esses jovens empreendedores representam a força motriz por trás da inovação e do crescimento económico no País.

Na opinião do empresário que no início deste mês foi distinguido com o Prémio Jovem Empresário do Ano, num evento denominado “Todo Sonho Tem um Preço” promovido pela Cumbi Group, os empreendedores mais jovens desenvolvem novas ideias, energia e um desejo de criar soluções que abordam desafios específicos do mercado nacional.

“É essencial apoiar e capacitar esses jovens empreendedores fornecendo acesso a recursos, mentoria e redes de suporte. Ao fazê-lo, podemos impulsionar ainda mais o ecossistema empreendedor em Angola e estimular o desenvolvimento de soluções inovadoras que beneficiem a sociedade como um todo”, defendeu em entrevista à Economia & Mercado o também fundador da Chegue bem, Restaurante Pés na Areia e PayPay África.

PayPay África cresce satisfatoriamente

Lança em Janeiro de 2022, Pay Pay África é uma plataforma digital e moldada para utilização móvel que permite efectuar pagamentos, transferir e receber dinheiro através do leitor de código QR, entre outras valência.

Detida pela empresa nacional Conectando-Sociedade Prestadora de Serviços de Pagamentos, LDA, a empresa tem registado uma procura satisfatória como fez saber à Economia & Mercado o seu fundador.

Segundo Wilson Ganga, a PayPay África tem testemunhado um aumento constante no número de usuários e empresas como resultado da valorização, eficiência e segurança do serviço prestado. “Além disso, a resposta do mercado tem sido encorajadora, com uma demanda crescente por opções de pagamento electrónico ágeis e adaptadas às necessidades locais. Estamos comprometidos em fornecer soluções inovadoras e escaláveis para atender às demandas do mercado”, disse.

“O balanço sobre a procura pelos serviços da PayPay tem sido muito positivo. Temos testemunhado um aumento constante do número de usuários particulares e empresas que adoptam as nossas soluções de pagamento”, frisou.

A Pay Pay África é uma plataforma digital interativa adaptada aos telemóveis, permitindo efectuar consultas de saldo da conta bancária, associar carteira digital, fazer pagamentos, transferir e receber dinheiro com recurso ao leitor de código QR.