O capital humano ainda é o elemento fundamental para a rentabilidade da banca, assegurou o presidente da Comissão Executiva do Banco de Fomento Angola (BFA), Luís Gonçalves, durante a intervenção no “Angola Banking Conference 2025”, que abordou o papel da IA no futuro da banca.
A tecnologia (inclusive a inteligência artificial), disse, vem apenas ajudar a resolver os problemas já existentes, daí ter afirmado que o desempenho do BFA nos últimos cinco anos resultou da qualidade do capital humano.
Luís Gonçalves também informou que a adopção da IA no BFA se faz há alguns anos, iniciando com a melhoria das infra-estruturas tecnológicas.
Mas, alegou o CEO do segundo maior banco do sistema, a qualidade do capital humano continua a ser um factor relevante, pois “tem que haver uma solicitação para que exista uma resposta sobre um tema em concreto”.
Ainda assim, a administradora executiva do Banco Millennium Atlântico (ATLANTICO), Catarina Sousa, eleva a IA a uma dimensão estratégica no desenvolvimento do negócio bancário e do sector financeiro.
O ATLANTICO, afirmou, investe na respectiva ferramenta tecnológica há mais de cinco anos, mas com maior intensidade nos últimos dois, pois é vista como um acelerador de capacidade e produtividade que permite fazer algo que (até ao momento) ninguém tinha sido capaz de realizar.
Para a integrante do board do banco ATLANTICO, a IA também pode ser aplicada como um instrumento tecnológico que permita incluir mais de 50% da população, actualmente, excluída do sistema financeiro.
Luís Martins, director coordenador do Banco Angolano de Investimentos (BAI), perfilha a posição do presidente da Comissão Executiva do BFA, Luís Gonçalves, pois é de opinião que o capital humano chega a ser o elemento fundamental, no que diz respeito aos resultados. Também considera que a IA pode ser um instrumento para reduzir a exclusão no sistema financeiro.
O representante do maior banco do sistema (BAI) no evento, realizado pela PwC e Revista Economia & Mercado (E&M), apresentou a razão da banca ser evoluída tecnologicamente, em relação a outros sectores da economia.
A tecnologia, disse referindo-se à IA, na banca é mais frequente por ser um sector muito regulado e com níveis de concorrência elevados.
No decorrer do evento, que marcou a terceira edição do “Angola Banking Conference”, o PCE do BFA contestou o argumento do secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, de que a banca no ano passado obteve resultado (líquido) expressivo, face ao crédito concedido.
Para Luís Gonçalves, a banca esteve longe de obter resultados expressivos, mas quando isso acontece é bom, pois se trata de um dos sectores que mais apoia a economia. Quanto ao BFA, o lucro vai ao encontro da dimensão do próprio banco, uma vez que é o único que abre 25 mil contas por mês.
Razão pela qual, continuou, o BFA tem 3,3 milhões de clientes. A nível da empregabilidade, é apenas superado pelo Banco de Poupança e Crédito (BPC). Actualmente está no grupo de bancos que mais concede crédito.

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