O administrador financeiro da KixiCrédito, Vicente Vilão, defendeu recentemente o aumento do montante autorizado pelo Banco Nacional de Angola (BNA) às sociedades de micro-crédito para captação de recursos.
Vicente Vilão, um dos quadros seniores que interveio no “Brunch e Finanças” por ocasião do 20º aniversário daquela instituição financeira não bancária, informou que as sociedades de microcrédito estão autorizadas a captar recursos de terceiros até 10 milhões de Kwanzas, ínfimos face à realidade.
O responsável da primeira sociedade de micro-crédito no País, actualmente com 58% da quota de mercado, num conjunto de 19 instituições, está confiante na (possível) alteração por parte do banco central, em relação à matéria, autorizando assim o aumento do valor de captação.
Para além do aumento do montante das captações, a KixiCrédito também defende que o BNA autorize as sociedades financeiras de micro-crédito a efectuar empréstimos entre as instituições do mesmo segmento, à semelhança do que acontece, actualmente, no sistema bancário.
Apesar de operar com o limite de captar 10 milhões Kz, a KixiCrédito, assegurou Vicente Vilão, é uma sociedade de micro-crédito estável, pois nos últimos cinco anos obteve mais de 500 mil clientes e concedido pelo menos um milhão de créditos, num valor orçado em 50 mil milhões Kz.
Quanto ao crédito malparado, informou que actualmente a taxa é de quase 6%. Mas, na fase da Covid-19,continuou o administrador financeiro da sociedade em causa, chegou a atingir índice preocupante (20%). “Hoje a situação é diferente, pois está controlada.
A KixiCrédito, disse Tírcio Figueira, administrador, no evento realizado em Luanda, no dia 27 de Agosto de 2025, emprega 360 indivíduos, dos quais 161 são oficiais de crédito, cuja missão passa por contactar, diariamente, os clientes no terreno para compreender como as verbas foram aplicadas.
Um dos principais desafios da respectiva sociedade, esclareceu aquele quadro sénior, reside justamente na aquisição de quadros, aliás é o segmento empresarial (capital humano) que mais recebe investimentos ao longo de 20 anos de existência no mercado nacional.
Para Hélder Catumbela, também quadro sénior da KixiCrédito, que interveio no evento, o micro-crédito é um instrumento financeiro para alavancar os indivíduos das classes societárias (consideradas) baixas, daí a importância de se investir na literacia financeira.
“O desvio de crédito é um dos principais factores de incumprimento do micro-crédito, daí a necessidade de se trabalhar muito na literacia financeira. O Governo deve criar problemas (adaptáveis) à realidade das comunidades”, disse Hélder Catumbela.

%20-%20BAI%20Site%20Agosto%20%20(1).png)













.jpg)