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Mercado de Fundos de pensão angolano precisa de reforma “urgente” para proteger 3 mil milhões USD em activos

André Samuel
30/4/2025
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Foto:
DR

Até 2040 Angola terá 18 milhões de idosos, sem reformas os fundos não suportarão a procura e se assistirá a uma crise sem precedentes.

Sem modernização jurídica e tecnológica, o mercado de fundo de pensões angolano não garantirá segurança às futuras gerações foi consenso no Webniar técnico promovida pela TIS, que reuniu mais de 60 gestores, reguladores e especialistas para debater soluções urgentes

Com um património superiora 3 mil milhões sob gestão o mercado de previdência nacional enfrenta riscos críticos como falta de transparência, fragilidade jurídica e pressão por retornos sustentáveis.

A advogada Luciana Nzunzi Oliveira alertou para adopção de uma blindagem jurídica como mecanismo de protecção.

“A auditoria legal contínua é tão vital quanto a rentabilidade”, alertou.

Em 2024 o FMI reportou que 40% dos fundos em mercados emergentes sofreram disputas judiciais por falhas na governança.  

O investimento sustentável foi a proposta de Glauber Oki, da Fundação Atlântico, visando o impacto inter-geracional. As políticas dos fundos devem alinhar retorno financeiro e impacto social.

“Um fundo queignora ESG hoje não sobreviverá 20 anos” acautela.  

A experiência do outro lado do atlântico mostra que os Fundos brasileiros aumentaram rentabilidade em 12% ao adoptar critérios climáticos.  

A revolução tecnológica foi o terceiro pilar apontado para salvar os Fundos de Pensão. Tornar a tecnologia como aliada resulta em ganhos reais como exemplifica Raphael Oliveira, da ROFX Partners, que mostrou como sistemas de compliance automatizado reduzem fraudes em 30%

“Governança não éteoria — é métrica e controlo em tempo real” realça.  

Crise, sem precedentes, a vista

Segundo estimativas do sector, até 2040, Angola terá 18 milhões de idosos — sem reformas, os fundos não suportarão a procura.  O mercado deve melhorar a transparência na alocação de activos, e tomar decisões com avaliação jurídica prévia.

“Ou modernizamos a gestão de activos agora, ou veremos uma crise previdencial sem precedentes em 10 anos” resumiu Fabiano Klein, da TIS.