O Governo moçambicano quer alcançar a plena auto-suficiência na produção de carne e derivados de frango durante o presente mandato. Para o efeito, o Executivo pretende transformar a avicultura num pilar estratégico da segurança alimentar e nutricional, reduzindo as importações e estimulando o investimento local ao longo de toda a cadeia de valor — da produção de rações à industrialização e comercialização.
A meta foi reafirmada nesta quarta-feira, 29, pelo ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Albino, na abertura do workshop nacional sobre o sector avícola.
“O frango é hoje uma das principais fontes de proteína animal no consumo das famílias moçambicanas. Vamos fazer todos os possíveis para que este desafio seja alcançado”, garantiu o governante.
Com uma produção anual estimada em 135 mil toneladas, Moçambique ainda enfrenta um défice de cerca de 20 mil toneladas para satisfazer a procura interna. Um dos principais entraves à consolidação da indústria avícola nacional é a forte dependência de matérias-primas importadas — desde rações e vacinas até ovos de incubação.
“É preciso assegurar que 100% das matérias-primas desta indústria sejam produzidas em Moçambique. A nossa aposta é integrar totalmente a cadeia de valor e garantir que 99% dos insumos sejam de produção nacional”, defendeu Albino.
No seu discurso, o ministro alertou ainda para a necessidade de reforçar os padrões de sanidade e biossegurança, num contexto em que grande parte da produção é feita de forma informal.
“Estamos a trabalhar com o sector privado para garantir que todos os insumos agrícolas, incluindo os da avicultura, respeitem os mais altos padrões de sanidade”, concluiu.

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