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Moçambique baixa taxa de juro de política monetária para 9,75%

Hermenegildo Langa
30/9/2025
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Foto:
DR

Esta é a décima vez consecutiva em que o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decide reduzir a taxa MIMO.

A taxa de juro de política monetária em Moçambique, conhecida como (taxa MIMO), vai descer de 10,25%, para 9,75% (0,5 pontos percentuais), segundo a informação divulgada esta segunda-feira (29) pelo Banco de Moçambique (BdM).

Esta é a décima vez consecutiva em que o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decide reduzir a taxa MIMO, justificando “a consolidação contínua das perspectivas de inflação em um dígito no médio prazo, impulsionada pela tendência favorável dos preços internacionais de mercadorias”. 

“Esta medida decorre, essencialmente, da contínua consolidação das perspectivas da inflação em um dígito, reflectindo, em parte, a tendência favorável dos preços internacionais de mercadorias, não obstante a manutenção, a nível doméstico, de riscos e incertezas associados às projecções”, frisou o governador do BdM, Rogério Zandamela.

Os dados divulgados esta segunda-feira pelo banco central apontam que a trajectória descendente da taxa MIMO teve início a 31 de Janeiro de 2024, quando passou de 17,25% para 16,5%. Desde então, o CPMO procedeu a cortes sucessivos: em Março para 15,75%, Maio (15%), Julho (14,25%), Setembro (13,5%), Novembro (12,75%), Janeiro de 2025 (12,25%), Março de 2025 (11,75%) e em Maio de 2025 para 11%, tendo reduzido para 10,25%  em Julho. E actual redução para 9,75% marca o décimo corte em série.

Entretanto, apesar da evolução positiva da inflação, o governador advertiu para a existência de riscos que poderão pressionar os preços nos próximos meses. Entre os factores destacados estão o agravamento da situação fiscal, a lentidão da reposição da capacidade produtiva, a oferta de bens e serviços e os choques climáticos.

Na mesma ocasião, o banco central assinalou que “a antevisão para o médio prazo aponta para uma recuperação gradual da actividade económica, excluindo a produção de Gás Natural Liquefeito, favorecida, em parte, pela redução das taxas de juro e pelas perspectivas de implementação de projectos em áreas estratégicas”.