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Moçambique passa a contabilizar o peso da economia do mar no PIB através de uma conta satélite

Hermenegildo Langa
12/11/2025
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Foto:
DR

O lançamento desta plataforma marca uma etapa importante para a divulgação, acessível e transparente, de informação fiável relativa à economia do mar.

O Governo moçambicano procedeu, esta terça-feira, com o lançamento de uma Conta Satélite da Economia Azul (CSEA) que visa medir o contributo do sector no Produto Interno Bruto (PIB) bem como permitir a gestão transparente dos recursos ligados ao mar.

Trata-se de uma ferramenta estatística que permite a colecta de dados económicos específicos relativos às actividades ligadas ao mar e às águas interiores, por forma a avaliar a sua real contribuição na economia nacional. Na ocasião, a primeira-ministra moçambicana, Benvinda Levi, assinalou que o lançamento desta plataforma marca uma etapa importante para a divulgação, acessível e transparente, de informação fiável relativa à economia do mar.

Na ocasião, a governante referiu que a operacionalização da CSEA irá, igualmente, concorrer para o reforço da capacidade do Governo de formular políticas e implementar acções mais eficazes para o desenvolvimento económico, equidade social e preservação ambiental.

“O exercício que agora testemunhamos deve servir de inspiração para outros sectores vitais da nossa economia, concorrendo para que, qualquer cidadão, em qualquer ponto do país ou do mundo, possa avaliar o contributo de cada sector para o desenvolvimento nacional”, referiu Benvinda Levi.

A governante afirmou ainda que os dados constantes da Conta Satélite da Economia Azul servirão de elemento de planificação e mobilização de mais investimento, público e privado, para se continuar a maximizar o uso sustentável dos recursos oceânicos e lacustres e, por conseguinte, acelerar o crescimento económico do país.

“Moçambique dispõe de elevado manancial de recursos marinhos e lacustres pelo que as actividades desenvolvidas no mar e nas águas interiores são pilares essenciais na economia, o que justifica o lançamento da Conta Satélite da Economia Azul, ferramenta estatística que permite aferir, de forma estruturada, o real contributo da economia do mar no PIB do país”, ressalvou.

A economia azul apresenta para Moçambique, uma maior oportunidade de crescimento a avaliar pela grandeza da costa de mais de 2 515 quilómetros, conferindo-lhe um dos maiores potenciais marítimos da África Austral. Ainda assim, não se sabe o verdadeiro potencial da economia azul que Moçambique dispõe, pois os recursos deste sector não são ainda contabilizados.

Contudo, para o Banco Mundial, o lançamento da Conta Satélite da Economia Azul, Moçambique marca um passo fundamental para integrar o verdadeiro valor do oceano nas decisões económicas nacionais, salientando que “os empregos são os caminhos mais rápidos para sair da pobreza e que a necessidade de criar oportunidades de trabalho nunca foi tão urgente”.

“O lançamento da CSEA constitui um avanço importante para integrar o valor económico do oceano nas decisões nacionais. Com a sua implementação, a Conta Satélite da Economia Azul torna-se um instrumento estratégico para orientar políticas públicas, atrair investimentos e valorizar os recursos marinhos e costeiros, consolidando o papel deste sector como motor do desenvolvimento nacional”, concluiu a representante do Banco Mundial, Sylvia Michele Diez.