A consultora Oxford Economics prevê uma subida da inflação em Moçambique de 3,1%, este ano, para 4,9%, em 2025, assente na desvalorização gradual do metical (moeda local) e no aumento da pressão sobre os preços alimentares.

Num comentário à descida da taxa de juro de referência pelo banco central, anunciada esta semana, o departamento africano da Oxford Economics aponta que o Banco de Moçambique (BdM) deverá baixar a taxa MIMO em mais 50 pontos base no primeiro semestre do próximo ano, devendo manter a taxa no resto do ano devido às crescentes pressões inflacionárias.

Segundo informação divulgada pela imprensa local, o Comité de Política Monetária (CPMO) do BdM anunciou na quarta-feira, 27 de Novembro, uma nova descida da taxa de juro de política monetária (designada por MIMO), de 13,5%, em vigor desde final de Setembro, para 12,75%.

“Esta decisão é sustentada pela contínua consolidação das perspectivas da inflação em um dígito, no médio prazo, não obstante as incertezas quanto à duração da tensão pós-eleitoral e o seu impacto sobre os preços de bens e serviços”, justificou, em comunicado, o BdM, após a reunião do CPMO, que se realiza a cada dois meses.

A taxa de juro directora em Moçambique estava fixada em 17,25% desde Setembro de 2022, após a intervenção do banco central, que depois iniciou cortes consecutivos a partir de 31 de Janeiro, quando reduziu para 16,5%.

Em Março cortou para 15,75%, em Maio para 15%, em Julho para 14,25% e no dia 30 de Setembro para 13,5%, de acordo com a imprensa local.