Luís Inácio Lula da Silva será o candidato do Partido Trabalhista (PT) às eleições presidenciais na República Federativa do Brasil, marcadas para 04 de Outubro de 2026, informou à imprensa o chefe de Estado brasileiro, na Indonésia, onde se encontra em visita de Estado, desde 22 de Outubro.  

Apesar de ter já 80 anos de idade, Lula da Silva (ex-metalúrgico e ex-sindicalista) disse gozar de boa saúde e sentir-se como se ainda tivesse 30 anos. “O meu mandato presidencial termina no final de 2026, mas nós estamos preparados para disputar outras eleições”. 

A trajectória política do chefe de Estado brasileiro iniciou-se no movimento sindical. Tornou-se presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em 1975. Liderou greves contra a ditadura militar, que na altura liderava o Brasil. Esteve na fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980. 

Em 1986, Luís Inácio Lula da Silva foi eleito deputado federal constituinte. Três anos depois (1989) candidata-se (pela primeira vez) à presidência da República Federativa do Brasil, mas perdeu (na segunda volta) na disputa com Fernando Collor de Mello do Partido de Reconstrução Nacional (PRN).

A derrota diante de Collor de Mello jamais quebrou o sonho do líder sindical de chegar à presidência da maior economia da América do Sul. Assim, voltou à luta (em 1994) para enfrentar Fernando Henrique Cardoso do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que venceu o pleito.  

Mais uma frustração para o líder sindical e candidato do PT. Apesar da derrota volta a disputar a liderança do cadeirão máximo em 1998 contra Fernando Henrique Cardoso, sociólogo e professor universitário carismático. 

Incansável, em 2002, volta a concorrer à presidência contra José Serra do PSDB. Desta vez consegue levar o pleito à segunda volta e vence. Luís Inácio Lula da Silva do PT é eleito presidente da República do Brasil. Toma posse em 2023. Após terminar o primeiro mandato, é reeleito para o segundo (2007).

O ex-metalúrgico deixa a presidência do Brasil em 2010 com  o término do mandato, tendo elevado a popularidade do PT no seio dos brasileiros, que confiaram o poder a uma correligionária de Lula da Silva (Dilma Rousseff). 

Fora da presidência, Lula da Silva é associado a escândalos de corrupção (Operação Lava Jato). Em 2018, foi preso e condenado em segunda instância. No ano seguinte (2019), o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional a condenação do ex-presidente e anulou a sentença.                     

Depois da (suposta humilhação), em 2022 volta a concorrer à presidência da maior economia sul-americana, desta vez contra Jair Bolsonaro do Partido Liberal (PL). Lula vence a primeira volta com 48,43%, ‘arrastando’ o pleito para a segunda volta. Obteve 50,90% dos votos e foi eleito presidente.