O Sindicato Nacional dos Mineiros (NUM, na sigla em inglês), da África do Sul, iniciou as negociações salariais com a Eskom, empresa pública de electricidade, exigindo um aumento de 15% para os seus membros, noticiou a SABC News.

De acordo com a publicação consultada pela Economia & Mercado (E&M), outras reivindicações incluem um subsídio de habitação de 7 mil rands (cerca de 404 dólares) por mês e uma contribuição da empresa de 80% para o plano de saúde.

Além disso, o sindicato avisou que o processo negocial poderá ser complicado devido às alterações introduzidas pela Eskom na negociação colectiva, após o desmembramento da empresa em três divisões.

A Eskom propôs que cada uma das três entidades estabeleça o seu próprio acordo de reconhecimento sindical, mas o NUM considera que tal medida contraria o princípio da negociação colectiva e poderá dificultar as conversações salariais, mantendo-se firme na exigência do aumento de 15%.

“É um valor justificado pelo elevado custo de vida. Estamos solidários com os outros sindicatos que se estão a organizar na Eskom, exigindo que as negociações se mantenham no fórum central”, afirmou o porta-voz do sindicato, Livhuwani Mamburu.

Mamburu acrescentou ainda que a Eskom e o governo sul-africano devem compreender que o desmembramento da empresa não pode servir de pretexto para fragilizar a unidade dos trabalhadores nem os direitos à negociação colectiva, sublinhando que os membros preferem negociar no fórum central.