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Standard Bank é o primeiro banco africano a integrar sistema chinês de pagamentos

Adnardo Barros
1/12/2025
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Foto:
DR

A integração permite que clientes corporativos do Standard Bank em 20 países africanos realizem pagamentos e liquidações a fornecedores chineses directamente na moeda local.

O Standard Bank tornou-se a primeira instituição financeira africana a integrar o Sistema de Pagamentos Interbancários Transfronteiriços (CIPS, na sigla em inglês), criando um corredor monetário directo entre África e a China.

A integração, formalmente activada após um evento de lançamento organizado pelo Banco de Reserva da África do Sul, permite que clientes corporativos do Standard Bank em 20 países africanos realizem pagamentos e liquidações a fornecedores chineses directamente na moeda local da China, o yuan (RMB), eliminando a necessidade obrigatória de utilizar o dólar norte-americano como moeda intermediária.

Segundo comunicado oficial do Standard Bank, a adopção do canal directo trará benefícios operacionais concretos para as empresas africanas, particularmente para os importadores de bens como maquinaria, componentes electrónicos, têxteis e materiais de construção. As principais vantagens apontadas são a redução dos custos de transacção, a diminuição dos atrasos na liquidação que podem durar vários dias no sistema tradicional  e uma menor exposição à volatilidade da taxa de câmbio do dólar.

“Somos defensores empenhados do crescimento da África, e este novo serviço foi adaptado para oferecer soluções que atendam às necessidades dos nossos clientes onde eles actuam”, afirmou chefe de Cobertura de Clientes do Standard Bank Corporativo e Banco de Investimento,Crosby Mkhwanazi. “O sistema permitirá maior integração com um parceiro comercial chave e oferecerá aos clientes diversas opções para optimizar as suas operações”, acrescentou.

A aprovação final foi concedida em Junho de 2025, durante o Fórum Lujiazui em Xangai. O lançamento formal ocorreu num evento organizado pelo Banco de Reserva sul-africano, com a presença do governador, Lesetja Kganyago, e de altos funcionários do Banco Popular da China e do CIPS.

A integração do CIPS surge no momento em que o comércio sino-africano atinge volumes históricos, com a China a consolidar-se como o maior parceiro comercial individual do continente há mais de uma década. A capacidade de liquidar transacções em yuan oferece aos países africanos uma ferramenta para mitigar riscos cambiais e alinhar os instrumentos financeiros aos fluxos económicos reais.