O Fundo Verde para o Clima (GCF) aprovou um pagamento de 31 milhões de dólares em doações a Uganda, em reconhecimento aos esforços bem-sucedidos do país na redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa.

O  projecto, intitulado "Uganda REDD+ Pagamento Baseado em Resultados para Reduções de Emissões (2016–2017)", foi submetido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que actuou em nome do governo ugandense.

O pagamento reconhece os esforços direccionados de Uganda para o manejo florestal sustentável que reduziram as emissões líquidas no equivalente a mais de 8 milhões de toneladas de CO₂ entre 2016 e 2017. Isto é aproximadamente o mesmo que cultivar 133 milhões de mudas de árvores por 10 anos.

 "A aprovação do financiamento do GCF mostra como o financiamento baseado em resultados pode recompensar a acção climática eficaz e proporcionar benefícios para as pessoas e a natureza, e é um reconhecimento dos esforços e conquistas de Uganda", disse o diretor-geral da FAO, QU Dongyu. 

Este é o primeiro projecto de pagamento baseado em resultados aprovado pelo Conselho do GCF para a África e também para um país em desenvolvimento, marcando um marco na acção climática para o continente.

As florestas de Uganda cobrem cerca de 2,36 milhões de hectares, fornecendo serviços ecossistêmicos críticos, regulando o clima e apoiando os meios de subsistência. Ao mesmo tempo, 90% da perda florestal no país é impulsionada pela conversão agrícola para culturas como mandioca e gado.