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ANIESA nega alegada subida dos preços de bens da cesta básica

Redacção_E&M
5/9/2022
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Foto:
DR

A Autoridade Nacional de Inspeção Económica e Segurança Alimentar informou que as denúncias sobre “subida significativa de preços” da cesta básica resultam de "açambarcamento" de alguns comerciantes.

Num relatório que espelha as actividades inspectivas realizadas no mês de Agosto, a instituição admite ter recebido denúncias de consumidores sobre a alegada subida de preço de alguns produtos da cesta básica, de acordo com a Agência Portuguesa de Notícias (LUSA).

No documento citado hoje pela Lusa, a ANIESA admite também que a situação actual vigente no mercado internacional, em particular a guerra na Ucrânia, tem implicado no mercado nacional.

Segundo a Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar, os Estados Unidos da América e o Brasil foram registados em Angola, no primeiro semestre de 2022, como os principais exportadores de frango para o país e a Índia e a Tailândia como principais exportadores de arroz em grão.

Em função da “política de contenção” destes produtos, lê-se, causado pelo estado actual da economia mundial, a situação “levou à redução da oferta deste bem (arroz) em África e outros mercados, influenciando a subida de preços a nível mundial”.

“E especialmente para Angola, derivado da dependência da oferta externa deste produto, estimado acima dos 80%, isto quer dizer que foi aprovado recentemente pelo Governo um montante para colmatar tais situações de desequilíbrio nos valores dos produtos da cesta básica”, assinalou a entidade referenciado pela Lusa.

Argumentando, a ANIESA informa também que a Reserva Estratégica Alimentar e também o resultado das acções inspectivas da ANIESA nos maiores distribuidores de produtos da cesta básica “demonstram que não existe uma subida de preços preocupante e significativa”, salienta o organismo estatal angolano.

Por outro lado, referiu a Lusa, o órgão diz ter consciência que “são nestes momentos que alguns comerciantes se aproveitam da situação mundial, para guardar produtos e passar à prática do açambarcamento”.

Recordou, neste sentido, conforme noticiou a Lusa, que o açambarcamento é um crime punível pela lei penal angolana e garante “combater severamente comerciantes malfeitores e mafiosos”, observando, no entanto, que “este momento agridoce é de curto prazo”.

A estrutura central da ANIESA em Luanda, no decurso do mês de agosto, inspecionou 79 empresas, enquanto nas províncias do Cuanza Norte foram inspecionadas 41 empresas, Malanje (23) e Huíla (20).

O órgão registou ainda 19 apreensões de produtos diversos e a inutilização de outros oito.