Em nota de imprensa, que a Economia & Mercado teve acesso, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis informa também que o início da produção a 30 de Julho de 2021 teve início através do navio flutuante de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO) Armada Olombendo.
Segundo o documento, o FPSO Armada Olombendo tem uma capacidade de produção de 100.000 barris de petróleo por dia e está concebido para funcionar durante a sua vida produtiva com descarga zero.
“Além de Cuica, cuja taxa de produção está de acordo com as expectativas, o Olombendo está também a receber e a tratar a produção dos campos de Cabaça, Cabaça Sudeste e UM8 para um total de 12 poços e cinco colectores a uma profundidade de água que varia entre 400 e 500 metros”, lê-se na nota.
Para a Administração da ANPG, citada no documento, este é mais um marco relevante na trajectória do sector petrolífero angolano, sobretudo num período em que o foco principal passa por travar o declínio da produção que se vinha fazendo sentir.
“Com a entrada em produção do campo Cuica demonstramos mais uma vez ao mercado que quer a concessionária nacional quer os operadores continuam a trabalhar afincadamente na dinamização dos recursos petrolíferos nacionais”, disse o presidente da ANPG Paulino Jerónimo.
Por sua vez, o CEO da Eni Angola sublinhou a importância do projecto para Angola, referindo que o arranque da produção no Campo Cuica, “é mais um exemplo do extraordinário sucesso da exploração angolana e mundial da Eni (...)”.
Segundo Claudio Descalzi, o sucesso conseguido pela empresa é impulsionado pelo princípio da exploração de infra-estruturas led (ILX), que combinado com a aplicação de uma filosofia de desenvolvimento modular e racionalizada, “está a permitir à ENI traduzir os sucessos da exploração em produção de forma mais eficiente e eficaz".
De acordo com o documento divulgado pela ANPG e pela ENI Angola, a produção precoce do desenvolvimento inclui um poço produtor de petróleo e um poço de injecção de água, ligados ao sistema de produção submarina existente em Cabaça Norte, explorando todo o potencial das infra-estruturas disponíveis na área.
No IV trimestre de 2021, anuncia a ANPG, o FPSO Olombendo receberá também a produção do campo Cabaça Norte.
O Bloco 15/06 é operado pela Eni Angola com uma quota de 36,84%, a Sonangol Pesquisa & Produção (36,84%) e a SSI Fifteen Limited (26,32%) compõem o restante Grupo Empreiteiro.
Campo Cuica foi descoberto no poço de exploração Cuica 1 em Março de 2021, tem a Eni como empresa operadora e está localizado numa profundidade de água de 500 metros, a cerca de 3 km do FPSO Olombendo.