O Banco de Poupança e Crédito (BPC) obteve resultado positivo (pelo menos 42 mil milhões de Kwanzas) no segundo trimestre de 2024, mas configura-se um recuo de aproximadamente 44%, face ao mesmo período de 2023, calculou a  E&M com base na informação financeira da própria instituição. 

Os cálculos, à base da informação extraída dos balancetes do BPC, referentes ao exercício supracitado, indicam uma redução de pelo menos 32,6 mil milhões Kz no segundo trimestre de 2024, em relação ao período homólogo.

Ainda no exercício financeiro em análise, a primeira instituição bancária nacional do segmento universal, depois da reforma de 1991, contribuiu mais para a economia, pois a carteira de crédito passou de quase 216,7 mil milhões Kz para pelo menos 358,4 mil milhões Kz. 

O ‘movimento’, segundo cálculos da E&M, representa um crescimento de aproximadamente 65,4%. Assim, o BPC concedeu mais 141,8 mil milhões Kz.   

No segundo trimestre de 2024, o rácio de transformação de depósitos em crédito fixou-se em aproximadamente 30,8%, mais 5,8 pontos percentuais (p.p) do mínimo exigido pelo Banco Nacional de Angola (BNA). 

Houve um desinvestimento em títulos e valores mobiliários (dívida pública) na ordem dos 69 mil milhões Kz, quando comparados os respectivos indicadores. A carteira passou de 975,3 mil milhões Kz (2023) para 906,3 mil milhões Kz (2024), o que reflecte uma diminuição de aproximadamente 7%.

Apesar do desinvestimento verificado no segundo trimestre de 2024, a dívida pública ainda é o instrumento financeiro mais representativo do activo (45%), em relação ao crédito (18%). O facto  ilustra que o BPC deixou de ser uma instituição bancária voltada ao financiamento da economia.

O volume de depósitos reduziu aproximadamente 2% (pelo menos 24,6 mil milhões Kz), pois no segundo trimestre de 2023 valia quase 1,18 bilião Kz, no período homólogo passou a valer 1,16 bilião Kz. Ainda assim, o activo aumentou 7%.