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Catoca estanca tubo vertedor na Bacia de Rejeitados

Redacção_E&M
7/10/2022
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Foto:
DR

A operação contou com o apoio de duas empresas sul-africanas especializadas no ramo, nomeadamente, Knight Piesold e a Rostruct Drilling and Grouting. A obra consumiu 3564 sacos de cimento de 50 kg.

A Sociedade Mineira de Catoca concluiu, em Agosto, a cimentação do tubo vertedor da Bacia de Rejeitados cuja ruptura, a 24 de Julho de 2021, provocou a turbidez da água dos rios Luite e Chicapa.

Segundo uma nota da instituição, os trabalhos de cimentação do tubo vertedor, com 250 metros de extensão e situado a 50 de profundidade na Bacia de Rejeitados de Catoca, envolveram empresas especializadas da África do Sul.

O chefe de Departamento de Gestão da Bacia de Rejeitados da Sociedade Mineira de Catoca (SMC), Dionísio Neto, referiu que, com esta operação, pode se dar por desactivado o circuito e considerar como estando segura a infraestrutura da bacia de rejeitados.

“A cimentação do tubo vertedor é o culminar de um trabalho de 12 meses, tendo iniciado com a contenção imediata do vazamento no dia 4 de Agosto de 2021, seguindo-se de um estudo aturado para o desenvolvimento da melhor solução, tendo envolvido mais de 100 técnicos altamente especializados, contando igualmente com a consultoria de multinacionais especializadas”, reforçou.

Os trabalhos finais, mais concretamente de cimentação, decorreram entre os dias 9 e 31 de Agosto passado e contou com o apoio de duas empresas sul-africanas especializadas no ramo, nomeadamente, Knight Piesold e a Rostruct Drilling and Grouting. A obra consumiu 3564 sacos de cimento de 50 kg e aditivos solidificantes, tendo-se recorrido à técnica de bombeamento da argamassa.

Segundo Dionísio Neto, está em estudo um projecto para extracção de rejeitados secos nas Centrais de Tratamento e posterior espessamento das lamas, que vai permitir também a recirculação de água em pontos mais próximos da Central de Tratamento e consequentemente a redução de custos de produção. O espessamento vai igualmente permitir a redução do volume de água a ser armazenada na bacia.

 As intervenções efectuadas na Bacia de rejeitados da SMC e os projectos em curso estão em conformidade com as normas internacionais da indústria GISTM (Global Industry Satndard on Tailings Management) que consagra as boas práticas para a gestão de armazenamento de rejeitados.

Recorde que logo após a ruptura, a SMC conteve o vazamento. A mistura de areias, argila e rochas derramada na sequência do incidente aumentaram a turbidez dos rios Luite e Chicapa. Estudos de impacto ambiental descartaram a presença de metais pesados e químicos tóxicos nos sedimentos vazados. Para mitigar o impacto nas comunidades afectadas, Catoca reforçou o seu apoio com bens essenciais, através da distribuição de cestas básicas e a construção de sistemas de abastecimento de água, bem como iniciativas geradoras de rendas, como tanques para a prática da piscicultura.