Até 2030, as despesas públicas para o sector da saúde deverão disparar, chegando a representar pelo menos 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB), muita acima do volume actual.
Citando dados do Banco Mundial (BM) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), Edgar Santos, que falava durante a segunda edição do Business and Breakfast em 2025, organizado pela revista Economia e Mercado e a TIS, explicou que actualmente a despesa pública se mantém abaixo de 2% do PIB, num cenário onde as empresas cortam benefícios e aderem a apólices ‘low cost’.
“Enquanto os hospitais e as clínicas enfrentam inflação, câmbio volátil e escassez de insumos, que resultam em coberturas cada vez mais limitadas e plafonds rapidamente esgotados”, sublinhou.
Perante decisores de hospitais, seguradoras, clínicas e reguladores, o consultor de negócios em saúde acrescentou que quase todas as apólices excluem doenças crónicas e tratamentos de alto custo, num contexto onde, de acordo com o BM e OMS, um total de 36,5% de toda a despesa em saúde é paga directamente pelo utente, que em breve pode disparar para 65%.
“A tradicional facturação por volume de actos está a empurrar o sistema para um ciclo de custos sem fim, fragmentação de informação e exclusão de doentes crónicos”, acrescenta, explicando que se está a assistir a um colapso silencioso.
Por isso, Edgar Santos avisou que a optimização do volume das despesas públicas do sector da saúde em relação ao PIB, conforme estimado, dependerá, em grande medida, do nível de envolvimento e da cooperação entre os diferentes actores do mercado privado da saúde em Angola.
Para encerrar, o especialista citou dados de um relatório do BM e da OMS, de 2023, revelando que as despesas privadas domésticas representam 1,39% do PIB,

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