De acordo com o relatório sobre índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2025, a esperança média de vida dos angolanos situa-se em 64,6 anos, que representa uma subida de quase três degraus em relação aos 61,9 anos reportados no documento de 2023-2024.
Intitulado “Uma questão de escolha: pessoas e possibilidades na era da Inteligência Artificial”, o documento apresentado esta quarta-feira, 21 de Maio, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), indica que, de modo geral, Angola subiu duas posições ranking global de Desenvolvimento Humano, saltando de 150.º para 148.º.
Entretanto, refere que a educação continua estagnada, com os mesmos valores dos anos anteriores: “os angolanos podem esperar, em média, 12 anos de escolaridade ao longo da vida, mas na prática completam apenas cerca de 6 anos”.
Além disso, revela diferenças marcantes entre homens e mulheres, explicando que o IDH das mulheres angolanas é inferior ao dos homens, reflectindo desigualdades no acesso à educação, saúde e oportunidades económicas.
O relatório, que analisa os avanços globais em saúde, educação e rendimento através do IDH, alerta para uma desaceleração sem precedentes no progresso do desenvolvimento humano a nível mundial, com profundas disparidades entre países ricos e pobres.
“Pela primeira vez, em 35 anos, o ritmo do desenvolvimento humano global abrandou dramaticamente. O aumento da desigualdade entre países está a corroer as bases da oportunidade e da equidade”, afirmou Denise António, representante residente do PNUD em Angola, destacando que não se trata apenas de estatísticas, mas de experiências vividas.
Para o caso de África, por exemplo, estima-se que cerca de 63% da população não tem acesso à Internet e, por conseguinte, está desligada da economia digital.
“Um estudo em 48 países africanos concluiu que cerca de 48% dos africanos não têm acesso aos cuidados de saúde necessários e cerca de 29% vivem a mais de duas horas de distância do hospital mais próximo”, acrescenta a responsável, explicando que, em todo o continente africano, muitas crianças, sobretudo nas zonas rurais, têm de caminhar até 20 quilómetros por dia para aceder à educação.

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