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Lobito Atlantic International assina primeiro acordo comercial de transportação de mineiros da RDC

Cláudio Gomes
17/8/2023
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Foto:
DR

Consórcio que detém a concessão da linha ferroviária do Corredor do Lobito vai transportar 10 mil toneladas de minério de cobre da República Democrática do Congo (RDC) para o Porto do Lobito.

A Lobito Atlantic International, consórcio constituído pela Trafigura (49,5%), Mota-Engil (49,5%) e Vecturis S.A (1%), rubricou, ontem, quarta-feira, 16 de Agosto, um memorando de entendimento com empresa canadiana Ivanhoe Mines, que explora as minas de cobre de Kamoa-Kakula, RDC.

A informação foi tornada pública hoje em nota distribuída à imprensa, que cita o Co-Presidente Executivo da Ivanhoe Mines, Robert Friedland.

Segundo o documento, que não menciona o local da assinatura do memorando, está assegurado o transporte de 10 mil toneladas de concentrado de cobre já no último trimestre de 2023 da RDC para o Porto do Lobito, localizado na província litorânea de Benguela.

Com a assinatura do acordo, os canadianos da Ivanhoe Mines, vão diminuir para 20 dias o tempo de viagem de ida e volta através do Corredor do Lobito, contrariando os 50 dias percorrido de Kamoa-Kakula até Durban.

Fotografia: DR
De acordo com a nota consultada hoje pela Economia & Mercado, até ao preciso momento, a contratante envia o minério por via rodoviária para portos na África do Sul (Durban), Namíbia (Walvis Bay), Moçambique (Beira) e Tanzânia (Dar es Salam). Porém, lê-se, “o transporte através da linha férrea de 1739 km que liga a RDC e ao Porto de Lobito constitui uma alternativa mais rápida, encurtando o tempo de viagem de forma significativa”.

A concessão do corredor do Lobito foi entregue à LAR – Lobito Atlantic Railway no final de 2022. A cerimónia de formalização da concessão, no passado dia 4 de julho, contou com as presenças dos presidentes de Angola, República Democrática do Congo e Zâmbia, dada a relevância desta infra-estrutura para o desenvolvimento económico e social dos três países.

Ao abrigo do contrato de concessão, o consórcio assumiu o compromisso de investir 455 milhões de euros em Angola e outros cem milhões na RDC, para melhorar as infra-estruturas do Corredor do Lobito ao nível de capacidade e de segurança, bem como para comprar 35 locomotivas e 1500 carruagens.