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Mais de 65% dos portadores do HIV vivem na região africana

Cláudio Gomes
1/12/2020
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Foto:
DR

A comunidade mundial junta-se, hoje, terça-feira, 1 de Dezembro, para comemorar o Dia Mundial de Luta Contra a SIDA manifestando deste modo o seu apoio às pessoas que vivem com doença.

Os registos da OMS são assustadores a considerar que existem 38 milhões de pessoas que vivem com o VIH em todo o mundo, dos quais 67% vivem na Região Africana, segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Numa mensagem assinada pela directora Regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, a organização revela que só em 2019 foram infectadas mais de 1 milhão de pessoas pelo VIH, sendo que as novas infecções representam 60% do total mundial e, lamentavelmente, 440 mil pessoas faleceram na região devido a causas associadas ao vírus da imunodeficiência humana.

No entanto, o estigma e a discriminação social, nomeadamente contra populações essenciais neste combate, continuam a constituir barreiras no que diz respeito ao acesso a serviços de saúde, o que compromete grandemente o bem-estar social das pessoas infectadas, “pese embora esses desafios estão a dar-se progressos significativos nos países africanos”.

“O ano de 2020 é um marco rumo ao fim da epidemia de SIDA e 81% das pessoas que vivem com o VIH estão cientes da sua situação. De entre elas, 70% dos adultos e 53% das crianças estão a receber terapêutica anti-retroviral (TAR) vitalícia”, frisou, acrescentando que 85% das mulheres grávidas e a amamentar que vivem com o VIH tomam uma terapêutica anti-retroviral, protegendo não só a saúde delas como ainda evitando a transmissão do VIH aos seus recém-nascidos.  

Segundo a OMS, as crianças que vivem com o VIH não têm sido adequadamente identificadas para efeitos de tratamento, considerando que as raparigas e mulheres com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos representam 37% de todos as novas infecções de VIH.

Para 2020, o tema escolhido pela OMS para o Dia Mundial de Luta Contra a SIDA apela à uma maior “solidariedade mundial e responsabilidade partilhada”, tendo em conta o surgimento e expansão da pandemia de Covid-19.

Segundo o documento da OMS, o actual contexto da Covid-19, levanta a importância do mundo estar unido, com uma liderança determinada por parte dos governos e das comunidades para sustentar e ampliar o acesso a serviços essenciais, incluindo prevenção e despistagem do VIH e respectivos tratamento e cuidados.

“Esta pandemia tem desafiado ainda mais os países para que proporcionem estes serviços, em particular nas zonas afectadas por conflitos, catástrofes, surtos ou onde se verifica um crescimento rápido da população”, refere o documento. “Acresce o facto de, na Região Africana, as novas infecções devidas ao VIH e os óbitos associados à SIDA não estarem a baixar suficientemente depressa para cumprir a meta dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável visando pôr cobro à epidemia de SIDA até 2030”, lê-se.

Na sua mensagem, a directora Regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, congratula-se com os governos, os parceiros e as comunidades que contribuíram para os progressos realizados em matéria de VIH na região e que encontraram formas inovadoras para manter em funcionamento os serviços durante a pandemia de Covid-19.