O País registou 10.091 mortes por malária em 2024, menos 11,8% se comparados aos 11.447 do ano anterior, de acordo com o coordenador do Programa Nacional de Controlo da Malária, José Franco Martins.

Franco Martins explicou que igual tendência se verificou quanto ao número de casos, que se situou em pouco mais de 10 milhões em 2024, representando uma redução de 12% em relação aos 11.964.261 registados em 2023.

Os cidadãos maiores de 14 anos foram os mais atingidos em 2024, sendo as províncias de Luanda, Uige e Bié as que apresentaram maior prevalência da doença. Em relação à variável faixa etária, o responsável revelou que a dos maiores de 14 anos foi a que apresentou maior número de casos.

Citado pela RNA, o responsável assegurou que, apesar do período chuvoso, o País está preparado para eventual aumento exponencial de casos, garantindo haver um plano de distribuição de medicamentos, testes e mosquiteiros em todas as províncias.

“Já começamos a distribuir todos esses insumos às províncias para garantir que haja condição de se poder fazer face ao período de pico. Ao mesmo tempo em que estamos a distribuir, estamos também já a fazer o inventário do estoque remanescente para accionar o procurement e assim começar a fazer novamente o preposicionamento das lacunas existentes, de modos a preparar o próximo ciclo. Em princípio está tudo assegurado”, garantiu.

Consultado em razão da matéria, a epidemiologista Esperança Martins explicou que o sucesso no controlo da malária deve passar pelo reforço dos mecanismos de literacia sobre a doença, bem como pela melhoria das questões de saneamento.

Para a especialista, a densidade populacional dos mosquitos aumenta em linha com a tendência do ritmo de crescimento da população, o que implica dizer, de igual modo,  mais lixo em lugares inapropriados e mais águas paradas.