O ano de 2024 pode tornar-se num dos quentes da história, de acordo com Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos da América (NOAA, na sigla em inglês), instituição que se dedica, entre outros serviços, ao prognóstico de mudanças do clima, oceanos e costas.
A previsão é que 2024 entre na lista dos cinco anos mais quentes da história, superando o recorde do ano 2023, que registou a temperatura mais alta desde 1850.
A temperatura média da superfície terrestre e oceânica em 2023 foi 1,18 graus Celsius (2,12 graus Fahrenheit) acima da média do século XX de 13,9 graus Celsius (57,0 graus Fahrenheit), de acordo com uma pesquisa conduzida pela mesma instituição.
“O ano de 2023 não foi apenas o ano mais quente no registo climático de 174 anos da NOAA – foi de longe o mais quente. Um planeta em aquecimento significa que precisamos de estar preparados para os impactos das alterações climáticas que estão a acontecer aqui e agora, como eventos climáticos extremos que se tornam mais frequentes e graves", disse a cientista-chefe da NOAA, Sarah Kapnick, num comunicado citado pela Statista.com.
De acordo com o estudo, há 99% de chances de a previsão ser concretizada.
Dados consultados pela E&M revelam que os 10 anos mais quentes, desde 1850, ocorreram todos na última década, à medida que as temperaturas médias globais da superfície (terrestre e marítima) divergiram entre 2014 e 2023 (0,77 e 1,18 graus Celsius) em relação à média do século XX.
Segundo as previsões da NOAA, não será tão cedo que o mundo registará temperaturas mais frias. Aliás, a continuar assim, adivinha-se, também, um eventual aumento no registo de pessoas infectadas por doenças tropicais, sobretudo em países com menor capacidade de combate às endemias, como é o caso de Angola, assolada por 16 das 20 doenças tropicais identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).