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Accionistas da BODIVA chamados a decidir rumo da bolsa

Adnardo Barros
12/11/2025
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Foto:
DR

A Bolsa de Dívida e Valores de Angola colocará nas mãos dos accionistas, no próximo dia 11 de dezembro, as decisões que vão moldar o rumo em 2026.

A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) convocou os accionistas para uma Assembleia Geral Ordinária, marcada para 11 de Dezembro, onde serão votados a proposta de orçamento para 2026, a implementação do projecto da Contraparte Central (CCP) e a modernização da estrutura de governação da instituição.

A reunião, que terá lugar no Hotel de Convenções de Talatona, em Luanda, visa ainda aprovar o reforço da infraestrutura tecnológica do mercado, no plano estratégico da bolsa para o próximo ano.

A ordem de trabalhos prevê a aprovação do mapa financeiro para 2026 e uma reforma nos estatutos sociais, num momento considerado crucial para o desenvolvimento do mercado de capitais angolano.

De acordo com a convocatória, os accionistas que detenham, individual ou em grupo, pelo menos 5% do capital social, têm o direito de solicitar a inclusão de novos pontos na ordem de trabalhos até cinco dias após a última publicação do anúncio.

A participação na assembleia está reservada aos titulares de acções registados até 6 de Dezembro de 2025, às 18h00. Os estatutos da BODIVA estabelecem que cada 100 acções correspondem a um voto, um mecanismo que permite o agrupamento de pequenos accionistas para atingirem este patamar.

Para o próximo ano, a BODIVA prevê receitas de 10,89 mil milhões de kwanzas, um aumento de 36% face às projecções de 2025. O lucro líquido deverá ascender a 4 mil milhões de kwanzas

Entre os principais objectivos estratégicos destaca se a implementação da Contraparte Central (CCP), um projecto estruturante que visa reforçar a segurança e eficiência do mercado. A medida integra o Plano Estratégico 2024 2028 da instituição e será financiada integralmente com lucros retidos.

A bolsa prevê ainda investimentos (CAPEX) de 701,3 milhões de kwanzas. Deste montante, 16% serão alocados à expansão incluindo a CCP, 55% para manutenção e modernização, 25% para inovação e digitalização, e 4% para cibersegurança.

Na área de ESG (Ambiental, Social e Governança), estão previstos 66 milhões de kwanzas para programas ligados à educação, saúde, bem estar e acção climática, em linha com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Os custos operacionais deverão totalizar 5,4 mil milhões de kwanzas, um aumento de 19,3% face a 2025, influenciado sobretudo por novas contratações e pelo ajuste salarial de 10% para todo o pessoal. 

Todos os documentos relativos aos temas em discussão, incluindo as propostas de orçamento e de alteração estatutária, estão disponíveis para consulta na sede da instituição e no seu portal institucional. Durante a assembleia, os acionistas podem solicitar informações adicionais para uma tomada de decisão fundamentada.