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Aceleração da taxa de inflação coloca Angola distante das metas da ONU

Sebastião Garricha
8/1/2024
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Foto:
DR

Erradicação da pobreza, garantia da segurança alimentar e da saúde, bem como a promoção do bem-estar para todas as idades são ‘panos de fundo’ de três dos 17 ODS, subscritas pelas ONU até 2030.

A taxa de inflação mensal, indicador que mede o custo de vida das famílias angolanas, tem registado, desde o último semestre de 2023, um gráfico crescente acelerado, que retira o poder de compra à larga maioria da população nacional. A continuar, prevê-se um cenário de incumprimento de Angola quanto aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

De acordo com o Índice de Preços Grossistas (IPG), dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referente ao mês de Novembro de 2023, a taxa de inflação registou um aumento de 2,82%, se comparada aos 16, 58% fixados em Outubro do mesmo ano. O INE ainda não colocou à disposição os dados referentes a Dezembro de 2023, mas previsão da consultora Oxford Economics aponta para uma inflação fixada em 18%, adivinhando, também, que em 2024 a taxa deva atingir os 20,3%.

Além disso, a ‘inclusão’ do arroz e do açúcar na lista dos produtos taxados, conforme descreve a nova Pauta Aduaneira, pode, também, forçar a subida da taxa de inflação, empurrando várias famílias para situação de fome extrema.

A ser comprovada, Angola estará longe de cumprir, pelo menos, as três primeiras metas dos ODS da Organização das Nações Unidas (ONU), que passam pela erradicação da pobreza em todas as suas formas, pela garantia da segurança alimentar, acabando com a fome, e pela promoção do bem-estar para todas as idades, incluindo o acesso universal aos serviços de saúde.

Os ODS, subscritos por Estados-Membros da ONU, de que Angola é integrante, visam, essencialmente, promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas, proteger o planeta e garantir a prosperidade para todos até 2030.