O administrador executivo do Banco Angolano de Investimentos (BAI), João Fonseca, reconheceu ser pouco (face aos desafios existentes) o montante disponibilizado para financiar projectos os sectores da agricultura e pescas.
De acordo com João Fonseca, que integrou a mesa-redonda da terceira edição do ꞌAngola Economic Outlookꞌ, evento organizado pela E&M em parceria com o Executivo, o valor disponibilizado para os respectivos sectores é de 33 mil milhões Kz, o que representa 5% do crédito concedido.
Para o administrador do maior banco do sistema , até à presente data, o valor do crédito concedido aos sectores das pescas e agricultura, no mínimo, teria de ser o dobro do valor supramencionado (33 mil milhões Kz).
Ainda assim, disse haver disposição da BAI em financiar projectos de investimento naqueles sectores, pois reconhece a importância dos mesmos, relativamente à segurança alimentar em Angola, que segundo a crítica, presente na conferência, só se atingirá com aumento da produção interna.
João Fonseca ꞌrevelouꞌ a existência de um crédito (com garantia pública) para a campanha agrícola no valor de 42 mil milhões Kz. Apesar de estar na fase experimental, já foram aprovados 44 projectos, avaliados em 25 mil milhões Kz. Metade da cifra (12,5 mil milhões Kz) é para importar sementes.
Os outros projectos agrícolas financiados pelo BAI nesta campanha, como se pôde depreender das declarações do administrador executivo em causa quando participava da mesa-redonda, correspondem a 10 mil hectares.
Durante a explanação, o membro do board do BAI também afirmou que no passado havia pouca atenção ao sector produtivo, mas o quadro inverteu-se face ao programa do banco central que obrigou os bancos a financiar actividades produtivas. “Estamos a falar do Aviso nº10 BNA”.