África detém 30% das reservas mundial de minerais, mas responde por menos de 10% do investimento em exploração, de acordo com o relatório Global World Exploration Trends 2023, citado pela organização do Mining Indaba, cuja 30.ª edição terá lugar de 5 a 8 de Fevereiro, na África do Sul, Cidade do Cabo.
Segundo um comunicado de imprensa enviado à E&M, as alocações de investimentos para exploração mineira no continente aumentaram 11,6% no último ano, menos do que a média global. Entretanto, lê-se no documento, a riqueza mineral inexplorada de África torna o continente num actor ainda mais decisivo na corrida para garantir o abastecimento global de minerais verdes, necessários para as metas de descarbonização.
"Começou a corrida para garantir minerais críticos que contribuam para a necessidade abrangente de proporcionar uma economia de baixo carbono. Conversas disruptivas sobre como abrir as portas à exploração em África são uma característica fundamental do Mining Indaba 2024. Teremos uma forte representação de líderes governamentais e investidores, todos contribuindo com as ideias para apoiar o desenvolvimento de indústrias minerais críticas no continente. É importante ressaltar que as nossas discussões irão explorar a forma como África pode aproveitar melhor os minerais para o desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo que contribui para as necessidades globais”, afirmou Eve Harper, directora de Portfólio da Investing in African Mining Indaba, citada no comunicado.
Dos participantes nos debates da Conferência Mining Indaba 2024, destacam-se líderes empresariais e chefes de Estado, entre João Lourenço, Presidente angolano, e Hakainde Hichilema, Presidente da Zâmbia.