“Em Moçambique, pioneiro no MM com a solução M-Pesa, existem menos agências bancárias, menos ATM e mais contas MM por 100.000 habitantes, comparativamente a Angola, e registou-se cerca de 1.600 milhões de transações em 2022”, exemplifica.
Considera que a promoção da inclusão financeira em Angola será mais célere e menos onerosa com a participação das empresas de telecomunicações no sector financeiro, comparativamente ao movimento orgânico com uma estratégia de expansão da rede bancária em todo o país.
“Tal acontece devido ao facto de a rede bancária lidar com problemas estruturais relacionados com insuficiência documental dos potenciais clientes, o nível de rendimento e a análise ‘custo-benefício’ que é bastante relevante para as entidades bancárias, sendo que, em 2022, existiam no país mais agentes MM do que agências bancárias por 100.000 habitantes”, sustenta.
Telecoms suportam Mobile Money
O serviço financeiro MM tem a base nos serviços de telecomunicações e as duas principais operadoras de telefonia móvel em Angola entendem o potencial deste mercado.
A UNITEL é pioneira na oferta deste serviço em Angola, com a marca “UNITEL Money”, lançada em Agosto de 2021, que conta com mais de 1 milhão de clientes. Por seu turno, apesar da AFRICELL entrar mais tarde no mercado de MM em Angola com o produto “AFRIMONEY”, dispõe de uma curva de experiência mais sólida neste domínio, desenvolvida noutros três mercados onde opera (Serra
Leoa, Gâmbia e RDC), que pode representar uma vantagem na disputa por quotas neste mercado e, consequentemente, na aceleração da inclusão financeira por esta via.