Milhares de angolanos foram hoje às urnas para uma votação que muitos consideraram como a mais competitiva de sempre. Durante todo o dia houve tranquilidade junto às assembleias de voto e Luanda, principal palco de eleição, foi o espelho dessa calma.

Agora, segue-se o processo de contagem de votos, que é feita nas mesas e que se inicia com a separação dos boletins que não foram utilizados e os inutilizados, colocando-os em envelopes devidamente rubricados e selados.Tranca-se a lista de eleitores, que é assinada por todos os membros da mesa e pelos delegados de lista, ficando, assim, definido o número de votantes.

A contagem dos boletins de voto é feita de forma individual pelo presidente da mesa, que deve abri-lo, exibi-lo e fazer a sua leitura em voz alta. O registo é feito pelos escrutinadores, sendo que à medida que o processo avança, os boletins são separados por partidos, brancos e nulos, para que no final se possa conferir que a contagem escrita corresponde à contagem física. Procede-se depois ao comparativo entre o total dos votos existentes na urna e os votos em cada um dos lotes.

De seguida, é elaborada a acta da mesa de voto, sendo que esta é feita pelo secretário e tem que ser devidamente assinada por todos os que assistiram ao escrutínio, onde se incluem os delegados de lista. Esta acta tem de conter, além da identificação completa dos membros da mesa e delegados de lista, a hora da abertura e de encerramento da votação, assim como o número de votantes, o número de votos obtidos por cada lista, os votos em branco, o número de votos nulo e número de boletins de voto que foram alvo de reclamação.

Estas actas são depois entregues ao presidente da assembleia de voto para a elaboração de uma acta-síntese daquele local, sendo que as actas das assembleias são enviadas para a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), a quem compete centralizar os resultados obtidos e proceder às contas para a atribuição dos mandatos.

Enquanto todos estes procedimentos decorrem, a Angola, e aos angolanos, só resta esperar…