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“Agradecia se me deixassem em paz”

Cláudio Gomes
11/3/2022
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Foto:
DR

‍O desabafo é do ex-director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior, Waldemar José, revoltado com informações supostamente “difamatória” contra a sua honra.

Estampada no fim de uma nota de esclarecimento a que a Economia & Mercado teve acesso hoje, sexta-feira, 11, o título evidencia a gravidade como o oficial superior encarou uma notícia que, no seu entender, visa apenas “denegrir” a sua imagem e “destruir” a sua carreira. Se eles não se retratarem, sublinha, “vou formalizar a queixa”, referindo-se ao portal de notícias Confidencial News.

Exonerado do cargo de director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior através do Decreto Presidencial nº 19/22 de 25 de Janeiro, Waldemar José está a ser acusado de fazer parte de um “grupo de oficiais superiores” supostamente “descontente com as reformas” levadas a cabo no Ministério do Interior, particularmente na Polícia Nacional de Angola (PNA) e no Serviço de Investigação Criminal (SIC).

“Desafio quem quer que seja a provar a veracidade desta notícia. Se ela for verdadeira, entrego a farda, a patente, o cargo, peço a minha desvinculação da PNA e ainda pago 5 milhões de kwanzas a pessoa que provar tais mentiras”, referiu o antigo responsável pela comunicação institucional do Minint.

“Deixem de inventar e encomendar notícias, porque isso só mostra que não têm carácter e não merecem os desafios que vos confiaram”, afirmou em tom de irritação.

Publicada no portal Confindencial News”, a notícia refere que um “grupo” de oficiais superiores da polícia nacional terão recorrido ao Jornal O Crime para “publicar informações incitadoras de um suposto mal-estar geral” e “agastamento com a gestão” do actual ministro do Interior Eugénio Laborinho.

Porém, na nota Waldemar José disse que a pessoa que encomendou a notícia “é fogo amigo”,  “tão fraca em conhecimentos e em estratégias”, que nem soube montar bem a mentira na suposta “notícia falsa”.

Contrariando a notícia, o ex-director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Minint apontou alguns aspectos que no seu entender não fazem fé a verdade dos factos elencados pelo portal Confidencial News.

No primeiro, diz que não vai ao Mussulo há mais de 5 anos. No segundo, Waldemar José informa que no dia 27 de Janeiro, “um dia após ter tomado conhecimento da minha exoneração”, passou o dia todo no Ministério do Interior. “Se tiverem dúvidas, é só consultarem as câmaras do Minint”, desafiou.

Segundo o oficial, entrou no ministério por volta das 10 horas e saio no final da tarde. “O próprio chefe é testemunha, porque me recebeu e falou comigo no final da tarde. No encontro, estavam presentes altas entidades do Minint que podem comprovar isso”, frisou.

No terceiro ponto, o interlocutor disse que não conhece “nenhum doutor Pedro Francisco”, figura citada na notícia do portal Confidencial News como sendo “linguístico” que é pago para redigir os textos do acusado, que terá participado de uma reunião via Skype.

Referindo-se ao quarto ponto, a fonte disse que “não uso o Skype há mais de um ano”, ferramenta igualmente citada na notícia. “Agradecia se me deixassem em paz, por favor!”, concluiu Waldemar José em nota de esclarecimento.