As autoridades angolanas colocaram em marcha um plano de acções que visa implementar, ainda este ano, todas as questões levantadas pelo GAFI e que estiveram na base do regresso, em Outubro do ano passado, do País à ‘lista negra’ do Grupo de Acção Financeira Internacional.
O vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Domingos Pedro, realçou, nesta quarta-feira, 26, em Benguela, que, a nível do banco central, são cinco questões que se colocaram a nível do GAFI e que devem ser corrigidas no sistema financeiro angolano.
“Essas acções já estão a ser corrigidas. E a nossa meta é tão ambiciosa que, até ao final do ano, pelo menos naqueles aspectos que dependem do Banco Nacional de Angola, vamos colmatar todas essas questões”, perspectivou Domingos Pedro, à margem da Cúpula dos Bancos Centrais da SADC.
Especificou que as questões levantadas pelo GAFI em relação ao BNA têm que ver com a melhor identificação dos beneficiários das transacções financeiras, o reforço da vigilância sobre as práticas de branqueamento de capitais e penalização à medida das infracções cometidas.
Por isso, o vice-governador do BNA realçou que o regulador do sistema bancário angolano passou a ser “implacável” contra aqueles que prevaricam: “Vão, de facto, assumir as suas responsabilidades na medida dos actos lesivos que cometerem”.
As ‘maldições’ da lista
São várias as preocupações que se abrem com a integração de um país na lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira (GAFI), a partir do maior escrutínio ao seu sistema de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo.
Com as essas fragilidades e insuficiências expostas ao nível internacional, os Estados visados podem enfrentar maiores dificuldades em atrair investidores estrangeiros e financiamentos internacionais.