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Angola ainda é apetecível para investimento português

Fernando Baxi
2/8/2024
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Foto:
Carlos Aguiar

As empresas portuguesas, declarou o presidente da CCIPA, estão em condições de participar do processo de diversificação da economia angolana.

O ritmo do crescimento económico e a taxa de inflação são os principais constrangimentos que afectam o empresariado português em Angola, segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (CCIPA), João Luís Traça, em declarações exclusivas à  Revista E&M.

Apesar dos constrangimentos mencionados, sobretudo a taxa de inflação, a economia angolana, como disse o presidente da CCIPA, ainda é apetecível para o investimento luso por ser um mercado três vezes maior, em relação ao português.

O empresariado português, continuou, está habituado a trabalhar com taxas de inflação baixas desde a adesão de Portugal à União Europeia, logo passa ser desafiante para elas operar num mercado com taxas altas.    

Independentemente dos aspectos macro-económicos supracitados, o presidente da CCIPA considerou a Angola um mercado que tem alinhamento com Portugal, único para o investidor português face à proximidade linguística e ao ‘ecossistema’ jurídico-administrativo e fiscal.

Relativamente ao ‘ecossistema’ jurídico-administrativo e fiscal, João Luís Traça, em declarações à E&M, aquando da 39ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA-2024), que decorreu de 23 a 28 de Julho, realçou a similitude do conceito de segurança social entre os dois países.

Os traços de proximidade entre os dois Estados, adiantou, também são observados na maioria dos impostos, na forma do IVA, inclusive na operacionalidade da Administração Geral Tributária (AGT), graças à colaboração com a Autoridade Tributária e Aduaneira portuguesa (AT).

“É um ‘ecossistema’ de proximidade que facilita a forma como o empresário português consegue rapidamente chegar, organizar-se e começar a operar”, disse João Luís Traça que mais adiante afirmou que o investimento português no País pode ser indicador para outros investidores internacionais.

As empresas portuguesas, declarou o responsável máximo da CCIPA, estão em condições de participar do processo de diversificação da economia angolana, pois têm capacidade na agricultura, agronegócio, indústria, infra-estruturas, turismo e nos serviços.      

“As necessidades de Angola podem ser resolvidas pelas empresas portuguesas”, assegurou João Luís Traça, tendo ainda afirmado que existem pelo menos mil e duzentas empresas portuguesas a operar no País.