O presidente da Câmara dos Despachantes Oficiais de Angola (CDOA), José Pacheco, disse aos jornalistas, que a Cerimónia de Tomada de Posse dos 158 Novos Despachantes Oficiais marcou uma nova história na vida da organização profissional.

Até antes da cerimónia realizada em parceria com a Administração Geral Tributária (AGT) a CDOA tinha apenas 245 membros apurados em 2010, cenário que alterou para quase 50% com a admissão de mais 222 novos despachantes no último concurso público realizado em 2021 em todas as regiões aduaneiras do País.

“A câmara nunca teve na sua história recebido mais de 100 despachantes num só momento, o que é também memorável e fica registada na história, marcando o início de outra história na vida CDOA (...). Hoje provamos mais uma vez que a Câmara está a crescer e tem membros jovens que podem substituir os nossos mais velhos”, afirmou.

Segundo o responsável, o evento que foi promovido em parceria com a Administração Geral Tributária (AGT), no âmbito do Despacho 269/AGT/2021, de 19 de Outubro, que aprovou o Concurso Público a Promoção das Categorias de Despachantes Oficiais e Ajudantes de Despachantes, que até então, apenas a AGT tinha a legitimidade de conduzir o processo.

“No passado, sempre foi a AGT quem realizou os concursos de admissão e através das novas normas e leis relativamente às associações hoje a Câmara co-organizou este evento”, afirmou, realçando que o processo começou em 2021.

Segundo José Pacheco, foram levados em conta os mesmos critérios previstos no regulamento do concurso de admissão que, entre outros, passam pela efectividade dos ajudantes e dos caixeiros.

“A particularidade para ser despachante passa, em primeira instância um ajudante e em segunda instância caixeiros despachantes e outras formalidades que tem a ver com os diplomas legais”, enfatizou.

Volume de cargas tramitadas

Quanto ao volume de mercadorias transacionadas, o presidente da CDOA disse que “é muito relativo” e depende da incidência das importações e da oscilação da procura e da oferta.

Assim sendo, apontou as restrições ainda vigentes como factor que comprometeram a actividade profissional dos despachantes. “Sabemos que há algumas restrições nas importações”, sinalizou José Pacheco aos jornalistas, afirmando que a actividade não se restringe apenas nas importações de cargas, mas abrange o trabalho de gestão de processos administrativos e alfandegários relacionado com as exportações.

“Depois da pandemia temos aproximadamente 60% daquilo que foi um trabalho árduo dos despachantes oficiais. Isto significa que em números podemos considerar que devemos estar a volta de quase 1 milhão de dólares anual”realçou.

Acautelou, no entanto, que não se tratam de dados exactos tendo em conta que “o processo é variável e da necessidade que o País e sobretudo dos agentes econômicos têm a responsabilidade de trazer para o País a importações”.

A CDOA tem parcerias firmadas com a Viva Seguros relacionada à cobertura de sinistros no transporte de mercadorias, bem como o Banco de Comércio e Indústria (BCI), relativo à oferta de oportunidades  de investimento  e a promoção do crescimento económico individual e do país.