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“Angola possui um grande potencial turístico”, afirma Natália Rosa, líder do projecto da SADC Business Council Tourism Alliance

Sebastião Garricha
19/2/2024
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Foto:
DR

A também CEO da Big Ambitions, uma organização especializada em comunicação e marketing em viagens e turismo, falou em exclusivo à Economia & Mercado.

O sector do turismo dentro da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) está a experimentar uma fase de recuperação rápida após a pandemia da COVID-19. 

De acordo com Natália Rosa, existe um interesse crescente na África do Sul como destino, atribuído à sua rica herança cultural, ecossistemas diversos e experiências únicas com a vida selvagem.

“Este interesse renovado é particularmente evidente entre os Millennials e outros grupos demográficos que priorizam a viagem regenerativa — procurando não apenas visitar locais, mas contribuir positivamente para as comunidades locais e ambientes com os quais interagem”, revela Natália Rosa.

Tratando-se de Angola, a também presidente executivo da Travel Lifestyle Network global sublinha o seu potencial turístico, apontando para a importância do Novo Aeroporto Internacional de Luanda (NAIL).

“Angola possui um grande potencial turístico, especialmente com o estabelecimento do novo aeroporto em Luanda e o interesse da TAAG em expandir a sua rede de rotas para destinos-chave de entrada, o que alimentaria passageiros para o resto do Sul da África, como Moçambique e África do Sul”, destaca. 

Entretanto, a seu ver, Natália Rosa entende que promover o turismo em Angola exigiria uma abordagem integrada de todo o governo e compreensão dos benefícios do turismo, de modo que limitações como restrições de visto, escassez de habilidades pudessem ser mitigadas. 

“Portanto, em resumo, uma grande oportunidade para vários tipos de turismo, desde lazer a corporativo até MICE (Reuniões, Incentivos, Conferências e Exposições), mas como com muitos destinos na região, beneficiaria de uma abordagem focada na promoção do turismo”, sublinha.

Angola pode aproveitar experiências de alguns países de África

Respondendo à E&M, Natália Rosa aponta para uma lista de seis países de África em que Angola pode ter tirar exemplos para melhorar a sua estratégia no sector do turismo. 

A lista é constituída pela Namíbia, Cabo Verde, Zâmbia, Botsuana, Quénia, África do Sul e Moçambique.

“A Namíbia é conhecida pelo seu programa de gestão comunitária de recursos naturais (CBNRM), que capacita as comunidades locais a gerir de forma sustentável a vida selvagem e os recursos naturais. Angola poderia emular este modelo não só para conservar a sua biodiversidade, mas também para criar empregos e gerar rendimentos para as comunidades locais através do eco-turismo”, sugere.

Quanto a Cabo Verde, Natália Rosa entende que Angola poderia retirar experiências para conseguir capitalizar, de forma semelhante, a sua “rica” herança cultural, incluindo música, dança e festivais, para atrair turistas à procura de experiências culturais autênticas.

Tratando-se da Zâmbia e Botsuana, a profissional entende que Angola poderia aproveitar experiências sobre o desenvolvimento  do seu sector de turismo de vida selvagem, com foco em práticas sustentáveis e experiências personalizadas de alta qualidade.

“Tanto a Zâmbia como a Botsuana se concentram em experiências de safári de alto valor e baixo impacto, assegurando a conservação da vida selvagem ao mesmo tempo que proporcionam experiências exclusivas e de qualidade aos visitantes”, sugere a líder do projecto da SADC Business Council Tourism Alliance.