O gestor disse que Angola consta entre os produtores africanos de minérios e neles está incorporado o OIL & GAS. Actualmente o país é considerado importante na indústria global de energia enquanto produtor e participante na extractiva.
“Angola não pode ficar apenas pela matéria-prima, temos que ver como vamos nos posicionar nas componentes para as baterias eléctricas, células solares, ou seja, precisamos transformar, criar riqueza e aproveitar o potencial de uma comunidade jovem como Angola”, disse.
O potencial de Angola, segundo José Bisarro, deve ir além da indústria extractiva primária e aproveitar outras partes da cadeia de valor.
O representante da PWC alertou igualmente que se o país ficar pela parte das matérias-primas, extração do mineral para posterior exportação, estará a aproveitar um potencial de riqueza sim, mas não as outras componentes dos produtos e serviços.
“Não estamos a aproveitar a integralidade da cadeia de valor para fazer crescer as nossas pessoas para deixar mais valor acrescentado em Angola e para beneficiar da cadeia de valor como um todo”, acrescentou.
José Bisarro considerou urgente a necessidade de modernizar e expandir as infraestruturas que ao mesmo tempo devem ser mais ágeis e fiáveis. É preciso diversificar, disse, não ficar só pelos petróleos, gás e diamantes mas aproveitar o que de bom o mundo tem para oferecer.
Produção mineira diversificada
O consultor do ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Makenda Ambroise, afirmou que o Executivo pretende que a produção mineira seja diversificada, incluindo a de minerais críticos por forma a assumir um papel fundamental no desenvolvimento sócio-económico do País, salvaguardando os interesses públicos e sociais.
Makenda Ambroise reconhece que os desafios para a transição energética são enormes e exigem que Angola de um modo particular e o continente africano em geral envidem esforços para transformar as carteiras de projectos mineiros de modo a aproveitar as oportunidades de negócios que a transição energética oferece.
Segundo o MIREMPET, em Angola são conhecidos 36 dos 51 minerais considerados mais críticos a nível mundial, alguns dos quais prestes a entrar em produção. Actualmente estes minerais representam uma oportunidade de negócios para Angola, economia e futura emissão líquida zero.
O representante do MIREMPET sublinhou o início da produção de neodímio e preseodímio, utilizados na fábrica de ímanes para as turbinas eólicas, além de cobre e nióbio, dando um importante salto no tocante a exploração de minerais críticos, nos próximos cinco anos.
Sobre o fórum, o consultor do ministro afirmou que este surge num momento em que o Executivo está a projectar o crescimento, desenvolvimento e diversificação de projectos no sector mineiro, visando atrair potenciais investidores para investir nos projectos de minerais críticos em larga escala, em alinhamento com a Visão Mineira Africana 2063.

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