O exercício fiscal de 2022 foi marcado por um equilíbrio das contas públicas, tendo resultado no crescimento de 3,1%, informou hoje (13.08.2024) o ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, quando interveio na Assembleia Nacional (AN).  

De acordo com José de Lima Massano, o crescimento registado no ano fiscal de 2022 vem consolidar a saída de cinco anos de recessão, observada entre 2016 e 2020. Verificou-se uma evolução positiva (praticamente) em todos os sectores da economia, principalmente o petrolífero, que cresceu 0,5%, depois de nove anos de contracção.

Ainda assim, continuou o ministro de Estado, o ano foi marcado por incertezas geradas pelo conflito russo-ucraniano e pelo aumento das taxas de juros para combater a inflação que atinge níveis elevados. 

Também no Parlamento, onde esteve em análise e aprovação final (global) do Relatório Parecer de Contas do Exercício Fiscal 2022, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, anunciou que a taxa de desemprego (29,6%) naquele ano foi a menor, em relação a 2021.

De acordo ainda com as declarações da titular da pasta das Finanças, em 2022 o Estado endividou-se menos, em relação a 2021. As receitas de capital foram de 74%, pelo menos 5,27 biliões de Kwanzas. 

O Estado teve despesas no valor de 16,43 biliões Kz; a corrente rondou os 5,57 biliões Kz, as de capital 8,86 biliões. A execução esteve em 96% do total previsto nas despesas de capital e 79% nas despesas correntes.

A dívida pública, explicou Vera Daves de Sousa, teve uma participação de 45% de execução em 7,36 biliões Kz. O sector Social beneficiou de 22% (3,58 biliões Kz); Defesa e Segurança 13% (2 biliões Kz); Serviços Públicos Gerais 2,1 biliões Kz e o Económico 1,3 biliões Kz.

O saldo fiscal, afirmou José de Lima Massano, foi superavitário na ordem dos 563,1 mil milhões Kz, 1,02% do Produto Interno Bruto (PIB).