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Angola registou crescimento acumulado de 2% no que toca ao financiamento obtido por entidades multilaterais e países DAC

Sebastião Garricha
2/7/2025
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Foto:
Andrade Lino

Para Pedro Palho, director da PWC, Cabe Verde é um exemplo em África no que toca à boa execução e monitorização de projectos.

Angola registou, de 2019 a 2023, um crescimento acumulado de 2% no que toca ao financiamento obtido por entidades multilaterais e países membros do Comité de Ajuda ao Desenvolvimento (DAC, na sigla em inglês), em linha com o continente africano.

Os dados foram apresentados esta quarta-feira, 2 de Julho, por Pedro Palha, director da PWC, durante conferência realizada em conjunto com a revista Economia e Mercado (E&M), sob o tema “As multilaterais e o financiamento ao desenvolvimento”.

De acordo com o especialista, o financiamento multilateral desempenha um papel muito relevante para Angola, que, comparativamente a outros países africanos, ainda tem um longo caminho a fazer.

“Angola só tem tido uma integração plena nestas redes multilaterais recentemente. Há outros países, como a Nigéria e a África Sul, que já estão completamente integradas nestas entidades há mais tempo e, por essa via, conseguem obter um financiamento mais volumoso”, explica Pedro Palha.

Refere que a Nigéria, por exemplo, um país que também importa petróleo, mas recebe quase 4,5 vezes mais do que Angola, mas com um peso de cerca de 50% das agências multilaterais, 32% dos países DAC e o restante dos países não DAC. 

“Enquanto Angola está aqui com 863 milhões de dólares de agências multilaterais e 154 de países DAC, pelo meio encontramos países como Moçambique, Costa de Marfim, África do Sul e Uganda, que têm conseguido obter um financiamento maior”, revela o especialista, explicando que Cabe Verde é um exemplo em África no que toca à boa execução e monitorização dos projectos.