O País tem capacidade instalada para produzir pouco mais de 1,3 milhão e 50 mil toneladas de farinha de trigo, contra as actuais 500 mil toneladas, de acordo com César Rasgado, administrador das Grandes Moagens de Angola (GMA).
Ao intervir no segundo painel da 3.ª edição da conferência ‘Angola Economic Outlook’, que decorreu numa das unidades hoteleiras de Luanda, sob o tema ‘Segurança Alimentar: Realidade, Desafios e Oportunidades’, César Rasgado explicou que a meta pode ser alcançada, caso todas as moageiras de Angola sejam colocadas a trabalhar no máximo das suas capacidades.
“Portanto, é preciso encontrar alternativas e soluções. Eu diria que nós não devemos estar só envolvidos, temos que começar a estar todos comprometidos. Só o envolvimento não chega, temos que nos comprometer”, alertou.
Além disso, o administrador das Grandes Moageiras de Angola apontou, com preocupação, para a diferença dos custos de transporte da farinha de trigo. Segundo César Rasgado, ainda é mais barato a transportação da farinha de trigo que vem de barco, se comparado ao trigo transportado por caminhão.
“Se queremos apoiar também a protecção de trigo local, convinha a Administração Geral Tributária (AGT) e o Ministério das Finanças olhar para essa componente. Se pusermos o custo dos 5% de IVA do trigo, fica ainda mais caro, se bem que o custo é para os dois trigos”, finalizou.