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Antigos aliados de Kabila juntam-se a Tshisekedi

Cláudio Gomes
31/12/2020
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Foto:
DR

Mais de 200 deputados congoleses, desde nacionais, provinciais e senadores, abandonaram a coligação Frente Comum para o Congo (FCC) liderado por Joseph Kabila.

De acordo com a imprensa congolesa, citada, esta semana, pela AFP, os 200 parlamentares congoleses aderiram a União Sagrada para a Nação, partido liderado pelo actual Presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi.

Os deputados decidiram abandonar a coligação liderada por Joseph Kabila, após ao discurso de rompimento proferido no dia 6 de Dezembro pelo Chefe do Estado congolês (Tshisekedi), que rompeu a aliança entre a FCC de Kabila.

Segundo o Jornal de Angola, que cita a imprensa local e internacional, na terça-feira, no termo da sétima conferência de governadores, inaugurada por Tshisekedi, o seu colectivo decidiu apoiar o novo bloco político em formação.

O governador de Tshuapa, Pancras Boongo, disse, num discurso que pronunciou em nome das 26 províncias, que os deputados optaram por apoiar a nova maioria parlamentar defendida pelo Presidente da República. "Os governadores das províncias, na qualidade de representantes do Chefe de Estado nas províncias endereçam-vos esta moção de apoio e asseguram que as vossas instruções serão sempre executadas por cada um de nós, nas nossas entidades”, lê-se no discurso referenciado pelo diário nacional.

Na sequência, o responsável sublinhou ainda que "nós chefes dos Executivos provinciais, aqui reunidos, conscientes do tímido arranque, 60 anos depois da independência da RDC, sublinhamos a necessidade de apoiar a vossa nova dinâmica para juntos cerrarmos os laços do conjunto das forças vivas, políticas e sociais, sem discriminação, ódio tribal, separatismo”, etc.

Assim, avança o Jornal de Angola, reforçou-se a influência de Félix Tshisekedi sobre as instituições congolesas, depois da destituição da presidente da Assembleia Nacional, Jeanine Mabunda, uma das aliadas de Joseph Kabila. Na próxima terça-feira, dia 5 de Janeiro, a casa das Leis congolesas reunir-se-á para eleger os membros da sua direcção, incluindo o seu presidente, uma acção na qual a FCC vai demonstrar se ainda controla a maioria parlamentar ou não.