O co-fundador e CEO da plataforma de pagamentos móveis ANY PAY, Inocêncio das Neves, informou que a empresa pretende abrir três agências em Luanda, nos próximos três meses, e dentro de um ano expandir para as 18 províncias de Angola.
Inocêncio das Neves afirmou que a ANY PAY, recentemente lançada em Lunada, conta actualmente com uma agência na capital do País, no Nosso Centro do Gamek, e opera no mercado há um ano.
A plataforma digital licenciada pelo Banco Nacional de Angola (BNA) oferece serviços de depósitos, transferências, envio de dinheiro e levantamentos com vista a facilitar os mecanismos de pagamentos com telemóveis e a inclusão financeira da população não bancarizada.
Em declarações à revista Economia & Mercado, Inocêncio das Neves avançou que a ANY PAY entende que para garantir a confiança, suporte técnico e comercial aos clientes e agentes, é necessário investir numa rede própria de agências de pagamentos.
Com estas agências, continuou, os clientes poderão fazer todas as transações que a plataforma possibilita, desde a abertura de contas, depósitos, levantamentos, transferências, envio de valores (por enquanto apenas dentro de Angola).
“Adicionalmente, contamos também com a rede de agentes subcontratados, que garantirão maior capilaridade e proximidade dos nossos serviços aos nossos clientes”, afirmou.
De acordo com o CEO, o objectivo da ANY PAY é facilitar a inclusão financeira e tecnológica dos angolanos e não só, oferecendo produtos e serviços inovadores e novas modalidades de pagamentos.
“A principal diferença da ANY PAY e as demais plataformas de pagamentos está na nossa abordagem de gestão de relacionamento com os clientes, por ser baseada num modelo de negócio híbrido, que contempla todas as vantagens que a tecnologia e a digitalização dos pagamentos permitem”, disse.
Sobre a adesão dos serviços de pagamentos digitais por parte dos angolanos, Inocêncio das Neves afirma que é um processo que está a seguir o seu curso normal para o estágio de desenvolvimento em que Angola se encontra na curva de aprendizagem e de literacia financeira e digital.
“Precisamos acelerar alguns processos nomeadamente a redução dos custos de internet, maiores e mais regulares campanhas de educação financeira e digital pelo resto do País e principalmente nos grandes centros e aglomerados populacionais”.
Acrescentou que estes esforços são conjuntos e devem ser abordados de maneira colectiva, com as autoridades do Estado e as empresas privadas.