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Bacias do Congo e Kwanza, propostas avaliadas em mais de mil milhões de dólares

Cláudio Gomes
13/7/2021
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Foto:
DR

São no total de 16 propostas que somam mais de mil milhões de dólares (856 milhões de euros) enviadas no âmbito do concurso internacional de licitação de nove blocos do Baixo Congo e Kwanza.

O número de empresas concorrentes foi satisfatório, segundo avançou esta semana, o diretor de Negociações da concessionária Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Hermenegildo Buila, que destacou a participação maciça de empresas nacionais.

Segundo a Lusa, entre estas destaca-se a petrolífera estatal Sonangol Pesquisa e Produção, com uma proposta para o Bloco KON 5, com uma participação de 20% como não operador e uma contribuição anual de 2,5 milhões de dólares (2,1 milhões de euros) para projetos sociais e o mesmo valor para projetos de proteção ambiental.

“Nós conseguimos medir que, efetivamente, a estratégia para esta licitação está-se a cumprir”, disse ainda Hermenegildo Buila, que foi o presidente da mesa de júri do concurso.

O diretor de Negociações da concessionária ANPG frisando que esta licitação foi preparada especificamente para permitir que pequenas e médias empresas entrem para o sector petrolífero angolano.

De acordo com a agência portuguesa de notícias, o responsável salientou que participaram 13 empresas nacionais, como operadoras e não operadoras, e de três empresas internacionais, entre as quais a MTI Energy, do Canadá, que apresentou propostas para oito blocos (CON5, CON6, KON5, KON6, KON8, KON9, KON18 e KON20, em todos como operadora, e participações de 50% e 60%, com contribuições anuais de dois milhões de dólares (1,6 milhões de euros) para projetos sociais e igual valor para projetos de proteção ambiental.

“A MTI Energy é uma empresa canadiana, com elevada capacidade técnica e financeira reconhecida internacionalmente, que manifestou interesse em participar nestas licitações, com propostas muito agressivas, esperamos que ela efetivamente entre para o sector petrolífero angolano, tornando-se futuramente um novo grande ‘player’ na exploração e produção angolano”, referiu Hermenegildo Buila.

Questionado sobre a ausência no concurso de grandes operadoras já instaladas no mercado petrolífero angolano, nomeadamente ENI, Total, BP, diretor de Negociações da concessionária ANPG considerou ser “normal, tendo em conta que a licitação foi preparada especificamente, sem restrições, para pequenas e médias empresas.  

“A ENI, Total e BP são empresas que estão focadas num outro horizonte, no ‘offshore’ para blocos marítimos e a dimensão destes blocos não perfaz a dimensão destas empresas, o que não quer dizer que estas empresas não possam participar no ‘onshore’ de Angola, por exemplo temos a ENI a operar em blocos terrestres”, frisou.

Sobre a participação da Sonangol, como não operadora, o responsável explicou que é uma estratégia da empresa, que tem participação em todas as concessões petrolíferas do país, concorrendo nessa qualidade “talvez para não incrementar as suas responsabilidades”.

A maior parte das concorrentes angolanas apresentaram propostas de participação como não operadoras, o que, segundo o diretor de Negociações da ANPG, não pode ser associada à falta de capacidade financeira.