O Produto Interno Bruto (PIB) real de Angola deverá crescer3% em 2025, abaixo dos 4,4% projectados para 2024, segundo o mais recente relatório Perspectivas Económicas Africanas 2025 do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
O documento atribui o crescimento previsto à cotação internacional do barril de petróleo, que se mantém abaixo da referência estimada no Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2025, e aos potenciais efeitos negativos da tarifa de importação de 32% imposta pelos Estados Unidos sobre os produtos nacionais.
Por outro lado, o PIB per capita deverá registar uma ligeira contracção de 0,1% em 2025, antes de voltar a terreno positivo, com um crescimento de 0,6% em 2026.
O relatório refere ainda que a inflação continua a ser um dos principais desafios para a economia do País. As estimativas indicam que os preços ao consumidor deverão subir 23,4% em 2025, desacelerando para 17,7% em 2026. Estes valores, apesar da tendência decrescente, mantêm-se elevados, pressionando o poder de compra das famílias e o custo de vida.
No capítulo das contas externas, Angola mantém uma posição confortável, com saldos positivos na conta corrente de 2,7% do PIB em 2025 e 2,2% em 2026. Estes resultados são sustentados, sobretudo, pelas exportações de petróleo e produtos minerais, que continuam a ser a âncora da economia nacional.
O défice fiscal deverá agravar-se ligeiramente, passando de 1,7% do PIB em 2025 para 2,1% em 2026, justificado pelas pressões nas despesas públicas e pela necessidade de ajustes na política fiscal, de modo a garantir a sustentabilidade das contas do Estado.
Em comparação com outros países africanos, Angola apresenta um desempenho económico moderado, enquanto nações como Cabo Verde (5,3%) e Benim (6,4%) registam crescimentos mais robustos em 2025.

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