No ano passado, a instituição financeira, cuja estrutura acionista conta com a participação da petrolífera Sonangol, viu seus lucros caírem para 280 mil euros, um resultado líquido de 1,1 milhões de euros em 2019.
Segundo o Jornal de Angola, que cita um relatório de contas relativo ao ano passado, o Conselho de Administração do banco decidiu não distribuir dividendos, aplicando os lucros de 2020 em reservas, sendo 15% para obrigatórias, 8,0 para estabilização de dividendos e 77 livres.
Neste sentido, a administração reconhece que a actividade bancária em 2020, impactada pela crise provocada pela pandemia da Covid-19, "foi marcada por um crescimento ténue” da carteira de crédito, de 2,1% face a 2019, para um valor bruto de 92,4 milhões de euros, enquanto os recursos dos clientes subiram 1,2%, para 128,7 milhões.
"A nível de solvência verificou-se, ainda que residual, um reforço dos fundos próprios em 0,5 por cento, tendo o rácio de solvabilidade passado dos 14,14 por cento em 2019 para os 14,22 em 2020, acima do limite regulamentar, este ano fixado nos 10 por cento”, cita o jornal de tiragem diária.
O activo líquido do BAI Cabo Verde cresceu 5,2% em 2020, para 213 milhões de euros, enquanto o passivo aumentou 5,5, para 199,5 milhões, "traduzindo um nível de rentabilização de recursos em termos de taxa de transformação de 68,6 por cento”, sendo um aumento de 0,6 pontos percentuais face ao resultado de 2019.
O banco fechou 2020 com capitais próprios de 14,2 milhões de euros, de acordo com o relatório, onde é reconhecido que o rácio do crédito vencido (com atraso superior a 30 dias) subiu para 7,4% do total, contra 6,5 em 2019, e que o rácio de crédito em incumprimento (atraso superior a 90 dias) atingiu os 7,2%, face aos 6,3 no ano anterior.
O BAI Cabo Verde é detido em 83,85% pelo BAI (Angola), com a Sonangol Cabo Verde a deter uma quota de 13,45% e a Sociedade de Investimentos SOGEI uma participação de 2,69.

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